Depois da revelação dos nomes de pelo menos 40 políticos que teriam recebido propina do esquema do petrolão, advogados que atuam na defesa de empreiteiros presos na Operação Lava Jato começaram a pressionar a Justiça para que abra investigações específicas para apurar que autoridades vazaram para a imprensa os depoimentos do doleiro Alberto Youssef e do auxiliar dele, Rafael Ângulo Lopez, em acordos de delação premiada. Reportagem de VEJA aponta que Lopez transportava malas de dinheiro desviado da Petrobras e entregava propina na casa de parlamentares, governadores e até na sede nacional do PT. Para os advogados da OAS, agentes públicos e defensores dos dois delatores teriam repassado as informações a diversos veículos sobre os depoimentos confidenciais e podem ter cometido o crime de violação do segredo funcional, cuja pena vai de três meses a um ano de detenção. “Seria natural a instauração de investigações para que tais vazamentos sejam apurados”, diz a OAS em petição enviada ao juiz Sergio Moro. (Laryssa Borges, de Brasília)