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O estranho caso das casas que a PF usa contra Anastasia

Por Da Redação
4 set 2015, 22h02

A Polícia Federal encaminhou nesta semana ao Supremo Tribunal Federal relatório em que defende a continuidade do inquérito sobre o senador tucano Antonio Anastasia na Lava Jato, embora o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, já tenha pedido arquivamento da investigação. Uma série de fatos chama atenção na atitude dos investigadores. O relatório se baseia na denúncia feita por uma “cidadã comum” ao gabinete pessoal da Presidência da República, em 15 de janeiro deste ano. Embora a autora tenha pedido anonimato, ela foi identificada na denúncia encaminhada ao Ministério da Justiça e posteriormente à PF. Trata-se de uma servidora estadual exonerada do governo de Minas Gerais em 2008, quando o Estado era comandado por Aécio Neves (PSDB-MG), que tinha como vice Anastasia. Na denúncia, a “cidadã comum” descreve uma residência situada no número 50 da Avenida Eurico Dutra em que o ex-policial federal Jayme Alves Filho, o Careca, emissário do doleiro Alberto Youssef, teria efetuado pagamento em dinheiro a um político que seria Anastasia. O imóvel, contudo, é incompatível com a casa descrita à Lava Jato por Careca: tem dois andares e fica numa esquina, bem diferente da casa térrea de que o ex-PF se lembrava.

No relatório é citado outro endereço para a suposta casa onde o dinheiro teria sido entregue ao senador, na Rua José Maria Alkmin, também no bairro de Belvedere, em Belo Horizonte – e também diferente da descrição apontada por Careca. Apesar de terem sido encaminhadas pelo gabinete da Presidência ao Ministério da Justiça no dia seguinte, as informações permaneceram ignoradas durante seis meses – não foram repassadas ao STF e só ressurgiram quando o inquérito estava prestes a ser encerrado. Para Maurício Campos, advogado de Anastasia, é “absurdo casuísmo” a juntada de diligências que “sequer constavam do relatório parcial do delegado do caso” em junho. O advogado classifica como “estranho” o fato de a denúncia ser “tão antiga” quanto a instauração do inquérito, do início do ano. (Da redação)

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