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Negromonte entregará carta de demissão nesta quinta

Pressionado pela longa lista de denúncias envolvendo o Ministério das Cidades, ele avisou a aliados que entregará o cargo à presidente Dilma Rousseff

Por Gabriel Castro
1 fev 2012, 19h10

O ministro das Cidades, Mário Negromonte, vai entregar a carta de demissão nesta quinta-feira. O encontro com a presidente Dilma Rousseff está combinado e deve ocorrer no fim da manhã. Os aliados também foram avisados, seguindo o roteiro percorrido por outros ministros antes da queda.

Nesta quarta-feira, Negromonte informou sobre a demissão a deputados de seu partido, o PP. Segundo Vilson Covatti (PP-RS), o ministro alegou questões de “foro íntimo” para justificar a saída. A queda, aliás, foi adiada para que a chefe do Executivo pudesse receber o pedido pessoalmente. Dilma chega do Haiti na madrugada desta quinta-feira.

Covatti diz que Negromonte estava tranquilo e resistiu quando deputados tentaram demovê-lo da ideia de entregar o cargo. “Nós estamos tentando convencê-lo desde terça-feira à noite”, afirmou o parlamentar ao site de VEJA. Ele ainda acredita que o ministro pode mudar de ideia. Ao mesmo tempo, acha possível que a demssão já esteja acertada com a presidente Dilma Rousseff há dois dias.

Nesta terça, o ministro deu sinais de que sua passagem pelo cargo havia chegado ao fim: simplesmente não compareceu a uma reunião do grupo ministerial encarregado de melhorar a prevenção a desastres naturais no país. Mandou dizer que teve problemas na agenda, o que o impediu de participar do compromisso. Ninguém acreditou. Com a saída do ministro, boa parte do PP pretende emplacar no cargo o nome de Aguinaldo Ribeiro (SP), líder do partido na Câmara.

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Escândalos – Na berlinda graças a uma sequência de escândalos na pasta, Mário Negromonte será o sétimo ministro a deixar o cargo no governo Dilma por denúncias de corrupção. A queda encerra uma agonia de cinco meses. Desde que VEJA revelou uma tentativa de compra de apoio político operada pelo ministro, em agosto, ele tem perdido poder no governo. Era a demissão mais claramente anunciada para 2012. A única surpresa em relação à saída é, de fato, a demora do Planalto em efetivá-la.

Substituição – O desgaste se acentuou nos últimos dias, quando o jornal Folha de S. Paulo mostrou que o ministro participou de ao menos uma reunião com lobistas de uma empresa de informática que, posteriormente, venceria uma concorrência na pasta. O encontro ocorreu antes da abertura da licitação. Dois subordinados de Negromonte foram exonerados: Cássio Peixoto, chefe de gabinete, e João Ubaldo Dantas, chefe da Assessoria Parlamentar.

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