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Na tribuna, Demóstenes apela para o corporativismo

Senador voltou a usar a tribuna para pedir aos colegas que rejeitem o pedido de cassação a que responde. Cinco parlamentares assistiram ao pronunciamento

Por Gabriel Castro
3 jul 2012, 17h39

O senador Demóstenes Torres usou a tribuna do plenário nesta terça-feira para, pelo segundo dia seguido, jurar inocência e rogar aos colegas que rejeitem o pedido de cassação a que responde por seu envolvimento com o contraventor Carlinhos Cachoeira. O parlamentar, que ficou mais de um mês sem se pronunciar, repetiu a tese de que foi vítima de grampos telefônicos ilegais editados pela Polícia Federal e divulgados de forma irresponsável pela imprensa. E apelou para uma prática que condenava quando erguia a bandeira da ética: o corporativismo dos colegas.

“Hoje sou a bola da vez”, disse Demóstenes para um plenário ocupado por cinco parlamentares. “Se a tramoia der certo comigo e me amputarem o mandato, daqui a pouco pode se repetir com outra vítima, com outro senador”. O parlamentar afirmou que os senadores devem repelir aquilo que chamou de “campanha orquestrada”: “O Senado certamente não se curvará a essa tática de campanha que sazonalmente instala um parlamentar como alvo e só sossega quando aparece outro na mira”.

Demóstenes disse que os investigadores da Polícia Federal cometeram erros ao deduzir, por exemplo, que a quadrilha se referia a ele quando usava apelidos como gordo, gordinho, doutor e professor. “Como eu nunca fui doutor, deixei de ser professor em 2007 e de ser gordo em 2009, a única explicação é que não ligavam o apelido à pessoa”, disse.

O senador não rebateu diretamente as diversas acusações de que teria colocado o mandato a serviço de Carlinhos Cachoeira. Apenas criticou o trabalho da Polícia Federal e da imprensa: “Investigam à moda do arbítrio, divulgam no modo Goebbels e julgam no modo turbo”, afirmou. O parlamentar fez ainda um apelo direto aos colegas por sua absolvição. “Sou inocente e o tempo provará isso”, declarou. “Quero o tempo necessário. Quero permanecer no Senado para poder provar essa minha inocência”.

Demóstenes deve usar a tribuna nos próximos dias para tentar convencer os colegas a rejeitarem a cassação, que deve ser votada em 11 de julho. Nesta quarta-feira, a Comissão de Constituição e Justiça do Senado deve seguir os passos do Conselho de Ética e aprovar o processo contra o ex-democrata. É a última escala antes da palavra final do plenário, onde o voto será secreto.

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