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Na mira da PF, executivos fizeram 75 viagens ao exterior

Para o Ministério Público Federal, riqueza e facilidade para viajar ao exterior representam riscos de fuga dos empresários investigados na operação

Por Daniel Haidar, de Curitiba
19 nov 2014, 16h36

Os integrantes do “clube do bilhão”, seleto grupo formado por integrantes da cúpula das principais empreiteiras do país, preso na sétima etapa da Operação Lava Jato da Polícia Federal, fizeram 75 viagens ao exterior desde junho. As saídas frequentes do país foram um dos motivos apontados pelo Ministério Público Federal para defender a manutenção da prisão de doze suspeitos – seis tiveram a prisão temporária convertida em preventiva na noite de terça-feira. O juiz Sérgio Moro, responsável pela Lava Jato, determinou que os demais 11 suspeitos liberados na noite de terça entreguem seus passaportes à Justiça.

Viagens profissionais são rotineiras para os investigados dada a quantidade de obras que as empresas tocam no exterior. Porém, os policiais constataram que alguns deles sabiam que eram alvos da operação e, por isso, suas viagens para fora do país tiveram de ser monitoradas. Sérgio Cunha Mendes, vice-presidente da construtora Mendes Júnior, por exemplo, estava no exterior desde 15 de outubro e só se entregou no sábado – desembarcou em Curitiba usando um jato.

Os executivos que mais saíram do país foram o presidente da OAS, José Aldemário Pinheiro Filho, e Agenor Franklin Magalhães Medeiros, diretor da construtora. Cada um fez 11 viagens ao exterior desde junho. De acordo com a PF, José Aldemário saiu do país praticamente toda semana desde meados de junho. “Consta que José Aldemário viaja frequentemente ao exterior, o que demonstra um risco visível à aplicação da lei penal”, argumentou o Ministério Público Federal ao defender a necessidade de prisão preventiva.

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A ameaça do clube do bilhão

Entenda o caso – A sétima fase da Operação Lava Jato foi deflagrada no dia 14 de novembro. Desde então, apenas Adarico Negromonte, irmão do ex-ministro Mário Negromonte e auxiliar do doleiro Alberto Youssef, permanece foragido. Nesta terça-feira, o lobista Fernando Antônio Falcão Soares, o Fernando Baiano, se entregou aos policiais na sede da PF em Curitiba.

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Os principais alvos desta etapa da investigação são o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque e sócios, diretores e conselheiros de empreiteiras que formaram um cartel para fraudar licitações. De acordo com as investigações, as empresas pagavam propinas a diretores da estatal e políticos, como condição para a assinatura de contratos milionários com a petrolífera. A Lava Jato começou investigando quadrilhas de doleiros que tinham movimentado mais de 10 bilhões de reais em operações de lavagem de dinheiro.

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