Na largada da campanha, Skaf diz que ‘incomoda’ o PT
Em primeiro compromisso de campanha, presidente licenciado da Fiesp afirma que petistas querem associar a ele a imagem de 'patrão'
Em seu primeiro compromisso público de campanha, o candidato do PMDB ao governo de São Paulo, Paulo Skaf, rebateu o “discurso de classe” que dirigentes do PT tentam emplacar contra ele para alavancar a chapa do petista Alexandre Padilha (PT). Apoiadores de Padilha afirmam que Skaf, presidente licenciado da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), será identificado pelos eleitores como “chefe dos patrões”.
“Eles ainda estão vivendo no século XVIII”, disse Skaf, nesta quarta-feira, ao visitar na capital paulista uma feira de calçados. “Aqui em São Paulo estamos em lados opostos. O PT é meu adversário assim como o PSDB. Quando petistas e tucanos me criticam é porque eu estou incomodando.”
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Na sexta-feira, após recomendação do ex-presidente Lula, prefeitos do ABC paulista orientaram militantes a adotar o discurso de classe, no qual Skaf representa a “elite”. Sem citar nominalmente o adversário, o próprio Padilha passou a dizer que “trabalhador não vota em patrão” e que o seu “palanque é de quem sente as dores dos trabalhadores”.
A estratégia, porém, desagrada a setores do próprio PT, defensores da tese que Skaf ajudará na campanha à reeleição da presidente Dilma Rousseff. O prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho (PT), afirmou que Padilha não pode “quebrar pontes com Skaf, porque eles estarão juntos no segundo turno”.
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