Ministério Público recorre contra semiaberto para Suzane von Richthofen
Condenada a 39 anos de prisão pela morte dos pais, em 2002, ela recebeu o benefício de progressão para o semiaberto na semana passada
O Ministério Público Estadual (MPE) entrou, nesta segunda-feira, com recurso para impedir que Suzane von Richthofen cumpra o restante da pena em regime semiaberto. Condenada a 39 anos de prisão pela morte dos pais, em 2002, ela recebeu o benefício de progressão para o semiaberto na segunda-feira da semana passada, concedido pela juíza Sueli Zeraik de Oliveira Armani, da Vara de Execuções Criminais de Taubaté.
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A magistrada atendeu ao pedido da defesa com o argumento de que Suzane, durante os quase 12 anos em que esteve detida, cumpriu os dois requisitos legais para ter direito ao benefício: apresentou bom comportamento e cumpriu o tempo de prisão em regime fechado.
Na segunda, porém, o promotor da Vara de Execuções Luís Marcelo Negrini de Mattos, que atua no caso, entrou com agravo de execução alegando que ela deve permanecer em regime fechado porque não foi aprovada na avaliação psiquiátrica à qual foi submetida no fim do ano passado.
Suzane foi condenada por planejar e participar da morte dos pais, o casal Manfred Albert e Marísia Von Richtofen, em outubro de 2002. Os dois foram assassinados pelos irmãos Daniel, namorado de Suzane, e Christian Cravinhos. De acordo com a investigação, Suzane não se relacionava bem com os pais, que não concordavam com o namoro, e pretendia ficar com o dinheiro da herança. Ela confessou o crime e foi condenada a 39 anos de reclusão em regime fechado. Os irmãos Cravinhos também foram condenados, mas passaram a cumprir a pena em regime semiaberto em fevereiro de 2013.
(Com Estadão Conteúdo)