MPE quer tirar carteira de acusada de atropelar
Nutricionista suspeita de atropelar e matar Vitor Gurman, em julho de 2011, foi flagrada dirigindo com a carteira vencida; documento também foi suspenso
O Ministério Público Estadual de São Paulo (MP-SP) vai pedir, nesta quinta-feira, que a nutricionista Gabriella Guerrero Pereira – suspeita de atropelar e matar o administrador Vitor Gurman, de 24 anos, em 23 de julho de 2011, na capital paulista – entregue sua Carteira Nacional de Habilitação (CNH) à Justiça e deixe de frequentar locais que vendem bebida alcoólica. Para isso, a promotora do 5º Tribunal do Júri, Mildred de Assis Gonzalez, solicitará medidas restritivas à jovem, de 30 anos.
Imagens gravadas nos últimos meses pela produção do programa CQC, da TV Bandeirantes, e divulgadas na segunda-feira, mostram Gabriella dirigindo, embora sua CNH esteja vencida desde julho. Na quarta-feira, o advogado da nutricionista, José Luís de Oliveira Lima, confirmou que o documento foi suspenso na sexta-feira.
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“Fico indignada em saber que essa moça continua dirigindo com uma habilitação que não está regular”, disse a promotora. “Vou ver medidas que possam fazer com que a liberdade dela seja restringida, para que sinta um pouco o estrago que fez para uma família inteira”, afirmou. Gabriella pode ser intimada ainda nesta quinta-feira. “Vai ser mais rápido do que se fosse no Detran (Departamento Estadual de Trânsito).”
Segundo a promotora, a nutricionista, que na noite do acidente estava com o namorado, terá 48 horas para entregar a CNH à Justiça. Oliveira Lima disse que recorrerá em caso de intimação. “Ela não foi sequer denunciada e o MPE já quer impor medida restritiva? Não me parece ter nenhum cabimento legal”, disse o advogado. Ele acrescentou que sua cliente não está mais dirigindo.
Vitor Gurman caminhava pela Rua Natingui, na Vila Madalena, Zona Oeste, por volta das 4h da manhã, quando o Land Rover conduzido por Gabriela perdeu o controle, bateu em um muro, capotou e o acertou. Na época, uma testemunha chegou a afirmar que quem estava na direção era o namorado de Gabriela, o engenheiro Roberto Lima, de 34 anos. Outros depoimentos, no entanto, apontavam que era a nutricionista quem estava ao volante. A Secretaria de Segurança Pública informou, na época do acidente, que Gabriella apresentava sinais de embriaguez, porém se recusou a fazer o teste do bafômetro. O seu advogado nega que a cliente tenha bebido na noite do acidente.
(Com Estadão Conteúdo)