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MP quer levar Elize Matsunaga a júri popular até setembro

STJ rejeitou recursos para tentar reduzir pena em eventual condenação da ex-mulher que matou e esquartejou executivo da Yoki, Marcos Matsunaga

Por Mariana Zylberkan
14 abr 2015, 10h34

O júri de Elize Matsunaga, presa há quase três anos pelo assassinato e esquartejamento de seu então marido, o empresário Marcos Matsunaga, deve ser marcado para setembro. O processo retornou ao Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) nesta segunda-feira, após o Superior Tribunal de Justiça (STJ) ter rejeitado um habeas corpus da defesa. Elize confessou o crime e recebeu a decisão de ir a júri popular em agosto de 2013. Desde então, aguardava o julgamento de recursos de defesa.

No último dia 18, o TJ-SP já havia rejeitado argumentos dos advogados de Elize para afastar os agravantes do crime, de modo que, se ela viesse a ser condenada, estivesse sujeita a uma pena mais branda. Elize foi pronunciada por homicídio doloso triplamente qualificado: motivo torpe (ciúmes por estar sendo traída), meio cruel (o empresário morreu com um tiro na cabeça e teve o corpo esquartejado) e utilização de recurso que impossibilitou a defesa da vítima (a acusação sustenta que Elize atirou no marido pelas costas do marido, quando ele entrava em casa). Ela também será julgada pelo crime de ocultação de cadáver.

De acordo com o promotor de Justiça José Carlos Cosenzo, da 5ª Vara do Júri, o dia do julgamento deve ser definido pela Justiça em junho para que a cerimônia do júri em si aconteça em agosto ou, no máximo, em setembro deste ano.

Depois do retorno dos autos à Justiça de São Paulo, o processo deve ser encaminhado ao Ministério Público. Será aberto prazo para que a acusação e a defesa se manifestem sobre as provas a serem apresentadas em plenário.

O crime – Diretor executivo da indústria de alimentos Yoki, uma gigante do mercado brasileiro, Marcos Matsunaga, então com 42 anos, foi morto e esquartejado por Elize em 20 de maio de 2012, na cobertura onde o casal morava, na capital paulista. Elize contou à polícia ter cortado o corpo do marido no quarto de hóspedes do apartamento. Formada em Direito, ela conheceu Marcos Matsunaga quando trabalhava como garota de programa. Elize alegou ciúme como motivo do crime, pois tinha descoberto que o marido a traía com uma prostituta.

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Após matar e esquartejar o marido, Elize colocou as partes do corpo em três malas. O circuito interno de segurança do prédio registrou o momento em que ela saiu do apartamento com as malas. Na noite anterior, as câmeras haviam gravado o empresário ao entrar em casa com uma pizza nas mãos. Ele não saiu mais com vida.

Elize confessou o crime em depoimento do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) alguns dias depois de as partes do corpo de Marcos Matsunaga terem sido encontradas em uma estrada de terra em Cotia, na Grande São Paulo.

O Ministério Público ainda investiga a participação de uma terceira pessoa no esquartejamento e na ocultação do cadáver.

Durante o período na Penitenciária Feminina de Tremembé, Elize teve um relacionamento homossexual com a sequestradora Sandra Ruiz Gomes, a Sandrão, atual companheira de Suzane Von Richthofen. A jovem que cumpre pena pela morte dos pais teria sido o pivô da separação.

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