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MP investigará novos nomes ligados à Máfia do ISS

Envolvimento de três servidores do primeiro escalão da gestão Kassab foi citado por testemunha protegida

Por Da Redação
20 nov 2013, 08h03

O ex-subprefeito interino de Pinheiros Antonino Grasso (PV), que também foi secretário municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida entre abril e outubro de 2012 – na gestão do ex-prefeito Gilberto Kassab -, deverá ser investigado pelo Ministério Público Estadual em um procedimento paralelo à apuração da máfia do imposto sobre serviços (ISS). O ex-secretário de Finanças Walter Aluísio (PSD) e seu adjunto, Silvio Dias, que também trabalharam para o ex-prefeito, passarão pelo mesmo processo de investigação.

O envolvimento dos três servidores do primeiro escalão da administração anterior veio à tona em depoimentos de uma testemunha protegida pelo MPE. Segundo a testemunha, os três eram frequentadores do chamado “ninho da corrupção” – sala comercial em um prédio do Largo da Misericórdia, no Centro, que era usada pelo grupo chefiado pelo fiscal Ronilson Bezerra Rodrigues.

O promotor de Justiça Roberto Bodini, responsável pelas investigações sobre a máfia, classifica como “grave” a informação – dada pela testemunha – de que a cúpula das Finanças de Kassab pedia e recebia favores dos fiscais suspeitos.

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“Minha ideia é sanear o procedimento (investigatório sobre os fiscais do ISS). Pegar todas as menções em relação a fatos que merecem ser investigados e, para cada um, instaurar uma nova investigação. Não há recurso material nem humano para tocar tudo no meu procedimento, mas preciso dar vazão às acusações, caso contrário, a investigação não terá fim”, explica Bodini. A prioridade, segundo o promotor, é ouvir as incorporadoras suspeitas de ligação com o esquema.

Outra investigação paralela será a relação de Marco Aurélio Garcia, irmão do secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Rodrigo Garcia (DEM), ex-aliado de Kassab, com o grupo. Marco Aurélio teria pedido empréstimos e negociado a venda de imóveis com Ronilson Rodrigues e Eduardo Horle Barcellos. O promotor Bodini deve formalizar na próxima quinta-feira a quebra de sigilos dos fiscais Fabio Remesso e Amilcar Cançado Lemos, suspeitos de participarem da quadrilha.

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Sessenta construtoras – A prefeitura informou que vai notificar sessenta construtoras para prestar esclarecimentos sobre o imposto sobre serviços. As convocações estão previstas para as próximas três semanas, e o número de empresas chamadas para dar explicações ainda pode aumentar. “Essas sessenta são apenas as primeiras empresas a serem notificadas. A auditoria não vai acabar neste período, e se prevê que a velocidade de notificações aumente conforme o grupo avançar no trabalho”, afirmou a prefeitura, em nota.

Segundo a administração, nenhuma das empresas convocadas se apresentou à prefeitura até agora. Até o dia 22, a prefeitura pretende fazer a auditoria de dezesseis empresas convocadas. Outras quarenta e quatro deverão prestar esclarecimentos até 6 de dezembro. O prefeito Fernando Haddad afirmou na terça-feira que o foco do trabalho será apurar quanto as empresas deixaram de pagar em tributos municipais. “Da mesma forma que começamos a investigar os integrantes desde março, com escutas, existe uma outra etapa sendo feita agora”, disse.

“As empresas que foram convocadas pela Secretaria de Finanças vão ter de apresentar comprovante que mostre que recolheram os impostos devidos para a prefeitura. Se elas não pagaram porque acertaram uma taxa de agilização com a quadrilha, estarão inadimplentes com o município”, afirmou o prefeito.

(Com Estadão Conteúdo)

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