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Ministros do STF saem em defesa de Gurgel

Depois de elogiar o procurador-geral da República, Celso de Mello disse acreditar que julgamento do mensalão ocorra ainda neste semestre

Por Luciana Marques
9 Maio 2012, 22h50

Em meio aos ataques públicos que vem sofrendo de parlamentares governistas, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, conquistou na noite desta quarta-feira o apoio dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Integrantes da CPI do Cachoeira pressionam Gurgel a explicar por que demorou cerca de três anos para levar ao Supremo as suspeitas contra o senador Demóstenes Torres (sem partido -GO). Em resposta, Gurgel afirmou que está sofrendo retaliação daqueles que temem o julgamento do mensalão e que os ataques visam a enfraquecer toda a instituição do Ministério Público.

O presidente da corte, Carlos Ayres Britto, foi o primeiro a elogiar Gurgel, ao encerrar seu discurso no lançamento oficial do Anuário da Justiça. “Gostaria de saudar a pessoa que nós temos a mais alta e sincera admiração: o procurador-geral da República”, disse Brito. Outros quatro ministros ouvidos pelo site de VEJA afirmaram ter absoluta confiança em Gurgel. “Querido”, “idôneo” e “correto” foram alguns adjetivos usados para definir o procurador-geral.

“Ele é um excelente profissional”, declarou o decano do STF, Celso de Mello. “Sou suspeito para falar porque trabalhamos juntos quando éramos jovens”, afirmou o ministro Luiz Fux. “Acho o procurador-geral exemplar”, completou. O ministro Marco Aurélio Mello disse acreditar que o Ministério Público tenha agido de forma sensata quanto à investigação contra Demóstenes. “Não paira na nossa cabeça que ele tenha tergiversado na arte de proceder”, concluiu Marco Aurélio.

Um ministro do STF disse que Demóstenes Torres era visto como uma pessoa correta até o surgimento das denúncias. Ele, inclusive, era cotado para assumir uma cadeira no Supremo, segundo esse magistrado.

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Mensalão – O ministro Celso de Mello afirmou que o julgamento do mensalão – temido pelos que atacam Gurgel, nas palavras do procurador-geral – pode ocorrer ainda neste semestre. “O STF, tão logo liberado o processo, tem condições plenas de promover o julgamento ainda neste primeiro semestre”, afirmou o ministro. “Não há duvida de que o STF fará todo o empenho para que, julgando logo esse processo criminal, possa impedir inclusive a consumação de prescrição penal”, disse. Ainda segundo Celso de Mello, as investigações da CPI do Cachoeira não devem “abafar” o julgamento do maior escândalo político do país.

Nesta quarta-feira, o STF decidiu que Gurgel terá cinco horas para fazer a acusação contra os 38 réus do processo. “Evidentemente não haverá tempo para a descrição minuciosa da conduta de cada um dos réus, mas o tempo será suficiente para que a acusação seja exposta”, afirmou o procurador-geral, que também acredita que o julgamento ocorra neste semestre.

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