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Ministro também usou jato da Força Aérea para ver final da Copa

Garibaldi Alves (PMDB) ainda ofereceu carona para empresário que é sócio do seu filho; político não tinha agenda oficial no Rio de Janeiro, sede do jogo

Por Da Redação
5 jul 2013, 10h08

A farra com jatinhos da Força Aérea Brasileira (FAB) não se limitou aos presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). O ministro da Previdência, Garibaldi Alves (PMDB-RN), também usou um avião da FAB para fins particulares. No caso, para poder assistir à final da Copa das Confederações, no Rio de Janeiro. Segundo o jornal Folha de S.Paulo, que revelou o caso nesta sexta-feira, Alves requisitou o avião no dia 28 de junho, quando cumpria agenda na cidade de Morada Nova, no Ceará. Em vez de retornar para Brasília ou viajar para Natal – seu local de residência -, o ministro pediu para que o piloto seguisse para o Rio de Janeiro. Reinaldo Azevedo: Renan, o homem do “Passe Livre” nos aviões da FAB Garibaldi não tinha agenda no Rio, mas tinha, sim, ingressos para a final da Copa das Confederações, que ocorreria no dia 30 de junho – as entradas foram uma cortesia do Ministério do Esporte. Com o jatinho disponível, um modelo Learjet 35, ele aproveitou ainda para oferecer carona para o empresário Glauber Gentil, que é sócio do seu filho em uma empresa e estava no Ceará naquele momento. Procurado, Garibaldi, tal como Renan Calheiros, defendeu o uso do jatinho. “Me senti no direito de o avião me deixar onde eu quisesse ficar”, afirmou o ministro à Folha de S.Paulo. “Já fiz isso outras vezes, porque na volta fico sempre no destino que eu me programei. Pedi com antecedência, senão ministro entra na fila.” Garibaldi também afirmou ter gostado da partida, que terminou com a vitória da seleção brasileira. “Quem não gostou?” Na sexta-feira, depois da repercussão da reportagem, o Ministério da Previdência, soltou nota em que destaca que Garibaldi só usou o jatinho no deslocamento entre o Ceará e o Rio. Ao voltar para Brasília, o ministro viajou em um voo comercial, pago com seu dinheiro. A nota também diz que Garibaldi tinha originalmente uma passagem aérea para o Rio, mas como havia ido a Fortaleza resolveu usar o jato da FAB para chegar à capital fluminense. Henrique – Na terça-feira, a Folha de S.Paulo já havia revelado que Henrique Eduardo Alves- que é primo de Garibaldi – também havia usado um jatinho da FAB para ir de Natal ao Rio para assistir ao mesmo jogo. Henrique aproveitou ainda para dar carona para sete parentes e um outro passageiro. Todo o grupo voltou para Natal em outro voo da FAB. Curiosamente, o tal passageiro extra era o empresário Glauber Gentil, o sócio do filho de Garibaldi. Após a carona entre Fortaleza e o Rio, ele conseguiu mais um voo de graça entre a capital fluminense e Natal. O presidente da Câmara até tentou justificar o voo para o Rio, afirmando que, além da partida, tinha um compromisso oficial na cidade.No fim, acabou admitindo que havia errado ao permitir a carona de parentes, e devolveu 9.700 reais para os cofres públicos – valor que, de acordo com o cálculo de Henrique, era equivalente ao que seria gasto com passagens de ida e volta entre Rio e Natal em um voo comercial comum. Um cálculo está bem abaixo das estimativas de empresas de táxi aéreo, que costumam cobrar pelo menos dez vezes mais, ou no mínimo 158 000 reais, por voos entre Natal e Rio, segundo a Folha de S.Paulo. Barbosa – O gosto combinado de partidas da seleção com viagens custeadas pelo Tesouro também se estendeu para o Supremo Tribunal Federal. Na quinta-feira, o jornal O Estado de S. Paulo divulgou que o presidente da Corte, Joaquim Barbosa, usou sua cota de passagens aéreas para ir ao Rio de Janeiro no dia 2 de junho. Na cidade, Barbosa acompanhou o jogo amistoso entre Brasil e Inglaterra. O presidente, que tem residência no Rio, não tinha compromisso oficial no Rio naquela semana, informou o STF.

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