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Ministro ‘garçom’ teve de pedir a conta

Luiz Sérgio deixa a coordenação política do governo sem ter no histórico qualquer atuação relevante

Por André Vargas
10 jun 2011, 15h26

De perfil discreto, em pouco mais de cinco meses no cargo, poucas foram as atuações de destaque de Luiz Sérgio como ministro-chefe da Secretaria das Relações Institucionais. Sem trânsito no Senado ou na Câmara, jamais obteve o reconhecimento de seus pares de partido e, muito menos, dos políticos da base aliada. Sua falta de autonomia lhe rendeu o jocoso apelido de ministro “garçom”, cujo papel se limitaria a “anotar o pedido”, que seria resolvido por ministros fortes, como Antonio Palocci ou Paulo Bernardo. A crise na Casa Civil e as incessantes cobranças dos aliados acentuaram as limitações de Luiz Sérgio, o que o forçou a pedir as contas e trocar o cargo pelo comando do Ministério da Pesca. Ex-metalúrgico do estaleiro Verolme, em Angra dos Reis, estado do Rio, e filiado ao PT desde a fundação, Luiz Sérgio Nóbrega Oliveira, 53 anos, alinhou-se ao Campo Majoritário, corrente petista que domina o governo e conduz o partido. As similaridades com a trajetória de Lula são poucas, mas bem aproveitadas em campanha. Além de ex-operário sindicalista – era delineador naval – com educação formal até o Ensino Médio, o ex-ministro também foi presidente de seu sindicato. Hierarquia partidária – Ao contrário de Lula, que sabe o que fazer em um palanque e só ocupou um cargo no Executivo (presidente) e outro no Legislativo (deputado na Constituinte), o ex-ministro galgou com discrição a hierarquia partidária. Prefeito de Angra em 1993, presidente estadual do PT e, a partir de 1998, deputado federal por três mandatos consecutivos, na Câmara, ele mais brigou do que fez política. Em 2008, enquanto deputado federal relator da CPI dos Cartões, preferiu não investigar os gastos abusivos dos ministros com cartões de pagamento corporativos, cobrando explicações do governo anterior. Seu relatório não falou em indiciamentos, nem citou a existência de um dossiê, elaborado dentro da Casa Civil, com gastos do ex-presidente Fernando Henrique e da ex-primeira-dama, Ruth Cardoso. O dossiê foi feito pela chefe de gabinete Erenice Guerra, com o conhecimento da então ministra, Dilma Rousseff. No mesmo ano, quando senadores da oposição tentaram uma CPI para apurar erros na Petrobras, comandou um ato público denunciando um imaginário complô para privatizar a estatal.


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