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Governo confirma morte de militares na Antártica

De acordo com o Ministério da Defesa, o suboficial Carlos Alberto Vieira Figueiredo e o primeiro-sargento Roberto Lopes dos Santos morreram no acidente da base Comandante Ferraz

Por Da Redação
25 fev 2012, 15h42

O Ministério da Defesa confirmou neste sábado que estão mortos os dois militares que estavam desaparecidos após o acidente na Estação Comandante Ferraz (EACF), na Antártica. São eles o suboficial Carlos Alberto Vieira Figueiredo e o primeiro-sargento Roberto Lopes dos Santos. Os corpos foram encontrados nesta tarde na base atingida por um incêndio. Uma equipe da Força Naval será enviada ao local para perícia.

“Num ato de heroísmo, eles estiveram justamente no local de maior risco, na tentativa de debelar o incêndio e não conseguiram”, declarou a Agência Brasil o ministro da Defesa, Celso Amorim. “Todos os pesquisadores e funcionários civis foram resgatados e já se encontram no Chile”.

Segundo o ministro, praticamente toda a estação foi destruída pelas chamas. “Todo o núcleo central da base, que é onde estão concentradas essas instalações, foi perdido”, disse. “O grau exato do que aconteceu ainda precisa ser objeto de perícia, mas a avaliação é de que realmente perdeu-se praticamente tudo”. Amorim afirmou que ainda não é possível saber quando a estação voltará a operar, mas que o planejamento para que isso ocorra o mais rápido possível terá início já na próxima semana.

Programa continua – Apesar das perdas, o ministro garantiu que o Programa Antártico Brasileiro (Proantar) não será encerrado. “Esse é um projeto de trinta anos de empenho da sociedade brasileira, que tem todo o apoio do governo e do Congresso brasileiro”, declarou. “O programa antártico é um motivo de orgulho para nós, de modo que vamos continuar”.

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Um avião Hércules C-130, da Força Aérea Brasileira (FAB), foi enviado ao Chile para resgatar os militares e pesquisadores retirados da estação e levados à cidade de Punta Arenas. A aeronave deve chegar ao país às 3 horas da madrugada deste domingo, dia 26, no horário de Brasília. De lá, os brasileiros vão embarcar no avião da FAB de volta ao Brasil. Segundo a Aeronáutica, a viagem deve durar nove horas. Os passageiros devem desembarcar na Base Aérea do Galeão, no Rio de Janeiro, entre a tarde de domingo e a madrugada de segunda-feira, dia 27.

Segundo informações da Marinha do Brasil, divulgadas horas antes, os familiares dos oficiais tinham sido informados do desaparecimento e estariam recebendo todo o apoio das Forças Armadas. A Marinha também declarou que está acompanhando os familiares do primeiro-sargento Luciano Gomes Medeiros, que se feriu no acidente e está internado.

Tempo ruim – As condições meteorológicas na região da estação neste sábado eram muito ruins, afirmou a Marinha, em nota. Com isso, o chefe da Comandante Ferraz e os integrantes do chamado ‘grupo-base’ – conjunto de militares responsáveis pela manutenção das instalações – foram transferidos para a base chilena Eduardo Frei, a trinta quilômetros da estação brasileira.

Assim que as condições climáticas melhorarem, a Marinha pretende enviar ao local uma equipe do grupo-base, liderada pelo chefe da estação. Eles ajudarão no trabalho de perícia e no resgate dos dois corpos. Os militares contarão com o apoio do navio “Lautaro”, da Armada do Chile. Uma embarcação da Marinha brasileira também foi designada para a tarefa.

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Estão em Punta Arenas trinta pesquisadores, um alpinista, um representante do Ministério do Meio Ambiente e doze funcionários do Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro, além do militar ferido. Lá, foram recebidos por militares brasileiros.

Governo brasileiro – O ministro da Defesa, Celso Amorim, já havia divulgado uma nota no começo da tarde deste sábado em que se dizia consternado com a informação do acidente na estação. Ele informou ter recebido a notícia logo no início da manhã e, em seguida, comunicou o fato à presidente Dilma Rousseff. Na sequência, entrou em contato com os ministros de Ciência e Tecnologia, Marco Antônio Raupp, e do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, para tratar do assunto.

Amorim disse que recebeu da Marinha um relato de todas as providências tomadas para contenção do incêndio na base e auxílio imediato a todos que se encontravam no local. O ministro acrescentou que vem acompanhando de perto os desdobramentos do acidente e as ações de apoio aos brasileiros e suas famílias.

O titular da Defesa relatou também a conversa que teve com seu colega chileno, o ministro Andrés Allamand, na qual agradeceu todo o apoio prestado pelo país vizinho no socorro e traslado das vítimas. O embaixador brasileiro em Santiago, Frederico Araújo, acompanhado de diplomatas e adidos militares, foi enviado a Punta Arena para prestar apoio aos brasileiros no local.

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