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Metroviários ameaçam entrar em greve no Rio

Assembleia nesta terça-feira decidirá se categoria vai cruzar os braços. Metrô é o principal meio de transporte para os jogos da Copa do Mundo no Maracanã

Por Pâmela Oliveira, do Rio de Janeiro
9 jun 2014, 16h00

A paralisação dos metroviários, que prejudica o transporte em São Paulo há cinco dias, pode se repetir no Rio de Janeiro. A três dias da Copa do Mundo, os funcionários do Metrô Rio, que já trabalham em estado de greve desde a última quinta-feira, estudam cruzar os braços. Uma assembleia na terça-feira, às 18h30, decidirá os rumos do movimento, que tem uma extensa pauta de reivindicações. De acordo com o presidente do Sindicato dos Metroviários do Estado do Rio (Simerj), Heber Fernandes da Silva, a categoria cobra reajuste de 6,7%, equivalente ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de dezembro de 2010 a novembro de 2011, para todos os funcionários da companhia. O Simerj quer ainda aumento de 15% como reposição de “perdas salariais” desde o início da concessão do metrô carioca. “Sofremos perdas salariais desde 1998”, disse Silva ao site de VEJA.

Na manhã desta segunda, o sindicato divulgou em seu site uma “carta aberta” à população para informar sobre a “preocupação de que o sistema pare nos próximos dias, por pura responsabilidade dos seus gestores, prejudicando todo o povo fluminense, bem como os visitantes de nossa cidade”. O tom da mensagem indica que, apesar da negociação em curso, a intenção da categoria é de repetir no Rio, em um período crítico, uma paralisação nos moldes da que ocorre na capital paulista.

Segundo Silva, o Simerj enviou a pauta de reivindicações ao Metrô Rio em abril – um mês antes da data-base da categoria -, mas não recebeu contraproposta. “Temos uma reunião com a empresa nesta segunda-feira e outra terça, antes da assembleia. Acreditamos que a empresa vai ser sensível, diante da possibilidade real de deflagrarmos uma greve”, adiantou o presidente. Na carta aberta, o sindicato critica as precárias condições do transporte e diz que trabalhadores e usuários sofrem com condições “quase inaceitáveis”, como superlotação e calor insuportável. Em nota, o Metrô Rio limitou-se a informar que “está em processo de negociação”.

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Greves – A mobilização dos metroviários no Rio de Janeiro é um item a mais na pauta de preocupação dos governos municipal e estadual. O metrô é parte fundamental do sistema de transporte para os jogos no Maracanã, que começam no domingo, com a partida entre Argentina e Bósnia. A cidade inaugurou, na semana passada, o BRT Transcarioca, corredor expresso de ônibus que liga o Aeroporto do Galeão à Barra da Tijuca. O sistema, que ainda opera parcialmente e precisa de ajustes, tem conexão com o metrô, a partir da estação Vicente de Carvalho, na Linha 2.

“O fato de haver três estações no entorno do Maracanã (Maracanã, São Cristóvão e São Francisco Xavier) faz do metrô o principal meio de transporte para atender as regiões de onde sairá o maior número de torcedores, mais notadamente Zona Sul, Centro e Barra da Tijuca”, explicou o secretário municipal de Transportes, Alexandre Sansão, durante a coletiva em que o plano para a Copa foi anunciado. “O metrô vai ser a grande convergência de passageiros para o Maracanã”, acrescentou, ainda, na ocasião.

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