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Mesmo com aumento, garis voltam a protestar no Rio

Sindicato afirma que movimento grevista tem pessoas ligadas a partidos políticos. Cidade ainda tem ruas abarrotadas de lixo, no quarto dia sem limpeza

Por Daniel Haidar, do Rio de Janeiro
4 mar 2014, 14h03

Garis voltaram a protestar nesta terça-feira, em marcha até a sede da Prefeitura do Rio de Janeiro, na Cidade Nova. Cerca de 500 manifestantes do movimento grevista, que deixou a cidade do Rio sem coleta de lixo desde sábado, ocuparam a pista lateral da Avenida Presidente Vargas para seguir em direção ao local.

Os garis pedem aumento do piso salarial para 1.224 reais, além de adicional por insalubridade, aumento do vale-refeição para 20 reais e outras gratificações. A paralisação dos garis foi declarada ilegal pela Justiça do Trabalho. A pedido da Comlurb, foi concedida uma liminar que determina o imediato retorno ao trabalho, sob pena de multa diária de 25.000 reais para o sindicato.

O Sindicato dos Empregados das Empresas de Asseio e Conservação do Município do Rio de Janeiro diz que o movimento grevista não tem legitimidade para negociar e que está infiltrado por apadrinhados de partidos políticos. Segundo Antonio Carlos da Silva, vice-presidente do sindicato, um dos líderes dos grevistas é o gari Célio Viana, 48 anos, candidato derrotado a vereador pelo PR. Já os grevistas dizem que o sindicato não tem legitimidade para negociar pelos trabalhadores.

A Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb), empresa municipal que cuida da coleta de lixo no Rio de Janeiro, garantiu que começou a demitir os cerca de 300 garis que, segundo a companhia, desrespeitaram o acordo firmado com o sindicato dos trabalhadores e mantiveram a greve depois das 19h de segunda-feira.

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Depois de três dias de greve dos lixeiros, a Comlurb fechou um acordo com o Sindicato dos Empregados das Empresas de Asseio e Conservação do Município do Rio de Janeiro no fim da tarde de segunda-feira, em que garante um aumento salarial de 9%. No entanto, os grevistas dizem que o sindicato não representa a categoria e mantiveram as reivindicações.

O impasse manteve a cidade do Rio de Janeiro repleta de lixo pelas ruas pelo quarto dia consecutivo. Resíduos do dia-a-dia de famílias e empresas se amontoaram pelas calçadas, porque a coleta de lixo deixou de funcionar. O entorno do sambódromo e o Centro do Rio foram áreas em que a sujeira e o mau cheiro mais incomodaram. O excesso de lixo nas vias prejudica moradores, comerciantes e foliões. Além disso, suja a imagem da cidade, que, segundo a prefeitura, recebeu 920.000 turistas para o Carnaval.

O acerto entre Comlurb e sindicato envolveu, além do reajuste, um piso salarial de 874,70 reais mais 40% de adicional de insalubridade, o que totaliza um vencimento inicial de 1.224,70 reais.

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