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Menino muda versão e diz que amigo morto pela PM estava desarmado

Menor afirmou ainda que a arma apreendida na noite do assassinato foi 'plantada' pelos policiais, segundo jornal

Por Da Redação
7 jun 2016, 12h14

O menino de 11 anos envolvido num furto de veículo que terminou com a morte do amigo, de 10 anos, no bairro do Morumbi, Zona Sul de São Paulo, prestou um novo depoimento no último domingo à Corregedoria da Polícia Militar, no qual alterou sua versão. Inicialmente, ele disse que o colega teria atirado contra os PMs na noite de quinta-feira. Segundo o jornal Folha de S. Paulo, o menor disse no novo depoimento que nem ele nem o amigo assassinado estavam armados. Ele afirmou ainda que a arma calibre 38 apreendida foi “plantada” pelos policias.

Na versão da PM, o menino de 10 anos foi morto depois de furtar um carro dentro de um condomínio. Durante a perseguição, ele teria disparado duas vezes contra os policiais enquanto conduzia o veículo. Um terceiro tiro teria sido dado com o carro parado, após o menino colidir com um ônibus e um caminhão. No primeiro depoimento, o amigo de 11 anos, que estava acompanhado apenas pela mãe, confirmou a versão da PM.

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Já no segundo depoimento, prestado no Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), horas após o primeiro, o menino deu outra versão. Disse que os disparos foram feitos pelo amigo com o carro ainda durante a perseguição – e não mais com o carro parado. Agora, ele diz que o colega não fez nenhum disparo e que inventou a versão da arma sob ameaça dos PMs. O depoimento foi acompanhado por uma psicóloga.

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Tapa – No segundo depoimento, o menino relatou também que, após atirar em seu amigo, um policial lhe deu um tapa na cara.

Segundo o DHPP, os PMs ficaram cerca de cinco horas com o menino antes de apresentá-lo. Nesse período, a criança gravou o vídeo, a pedido dos policiais, narrando a suposta troca de tiros. Para o advogado Ariel de Castro Alves, do Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa Humana (Condepe), que acompanhou esse segundo depoimento, o menino foi coagido a gravar o vídeo.

Nesta segunda-feira, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) disse que a gravação “parece espontânea” e que o caso é investigado “com todo o rigor” pelo DHPP. A Secretaria da Segurança Pública destacou que a Corregedoria instaurou procedimento administrativo para apurar toda a conduta dos PMs, que estão afastados das ruas. “Em relação ao vídeo, o DHPP informa que foi enviado para ser incluído no inquérito.”

(Da redação e com Estadão Conteúdo)

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