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Medo de arrastão dá nó no trânsito na volta para casa

Motoristas abandonam carros e fogem depois que motoqueiros avisam sobre tiroteio na favela da Rocinha. Polícia diz que reação foi 'normal'

Por Cecília Ritto Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 31 ago 2010, 21h34

O medo que faz parte da rotina do carioca parou a zona Sul do Rio de Janeiro no início da noite desta terça-feira. Pouco depois das 20h, com o trânsito lento típico do horário, dois motociclistas passaram na contramão da galeria Leblon-São Conrado do túnel Zuzu Angel, avisando sobre um tiroteio no fim do túnel, onde fica a favela da Rocinha. Foi o suficiente para provocar pânico. Motoristas largaram seus carros, passageiros desceram de ônibus e vans, e todos correram na direção contrária, tentando escapar de mais um possível episódio de terror. No desespero, o trânsito parou e causou um nó na cidade.

Testemunhas disseram que houve uma tentativa de assalto, e que viram pessoas armadas. Essa versão, no entanto, não foi confirmada pela Polícia Militar do Rio. O porta-voz da corporação, coronel Lima Castro, avisou que tudo não passou de um alarme falso. De acordo com ele, a reação da população diante do que aconteceu foi “normal”. “Dois motoristas em motos gritaram que havia troca de tiros. É normal que as pessoas se apavorem e abandonem os carros”. Partindo de uma autoridade policial, a fala é inacreditável. Mas em se tratando do Rio, não surpreende. O túnel Zuzu Angel já foi alvo de vários arrastões. E há dez dias, no sábado 21 de agosto, o Hotel InterContinental, que fica justamente em São Conrado, foi invadido por traficantes em fuga, que fizeram 35 reféns. Para piorar o clima de medo de quem passa por ali, a Rocinha é a favela onde mora o traficante Nem, denunciado pelo Ministério Público como comandante do grupo que invadiu o InterContinental e foragido.

O túnel ficou interditado para que a polícia fizesse uma varredura. Ao final da confusão, vários carros estavam abandonados, impedindo a normalização do trânsito. A versão oficial da CET-Rio, é que o “estampido” que provocou o pânico foi dado pelo cano de descarga de uma moto. As delegacias da região reforçaram o patrulhamento nos bairros próximos ao túnel.


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