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Após tumulto, Marco Feliciano volta a fechar sessões

A cena repete o que ocorreu na última reunião, quando o deputado fechou as portas da sessão por causa dos protestos que impediam o início dos trabalhos

Por Marcela Mattos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 10 abr 2013, 16h07

Após dez minutos de tentativas frustradas de dar início à reunião da Comissão de Direitos Humanos da Câmara na tarde desta quarta-feira, o presidente, deputado Marco Feliciano (PSC-SP), teve de impedir, pela segunda vez, a presença do público no plenário. A cena repete o que ocorreu na última reunião, há uma semana, quando o deputado fechou as portas da sessão por causa dos protestos que impediam o início dos trabalhos. Desta vez, além de permitir apenas a entrada de parlamentares, jornalistas e assessores, o deputado transferiu a reunião para outro local.

“Só entram pessoas que interessam para os trabalhos”, afirmou Feliciano ao interromper, temporariamente, a quinta sessão que preside na comissão. Feliciano reforçou que a ordem não contraria a decisão do presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). Nesta terça-feira, durante reunião de líderes com Feliciano, Alves determinou que as sessões tenham portas abertas, pois impedir a presença do público seria contra o regimento da Casa. “O presidente falou para a reunião ser aberta. Mas, uma vez que tem tumulto, cabe a mim tomar a decisão”, disse o presidente da comissão.

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Feliciano chegou à comissão às 14h30. Assim que entrou no local, manifestantes contrários à permanência dele na presidência da comissão iniciaram protestos aos gritos, dando início ao tumulto. Representantes evangélicos também compareceram. Alguns portavam cartazes que pediam mais do que Feliciano na presidência da comissão: “Feliciano para presidente da República“, propagavam.

Desconforto – A reunião a portas fechadas gerou um desconforto entre os parlamentares. O deputado Luiz Alberto (PT-BA) tentou deixar o plenário por uma das duas saídas, mas foi impossibilitado: a porta estava trancada. Ao pedir a liberação para Feliciano, outra surpresa. A segurança não sabia onde estavam as chaves, e tampouco as encontrou. O parlamentar, então, teve de recorrer a outra saída, que estava rodeada pela Polícia Legislativa.

Ao fim da reunião, Feliciano afirmou que pretende cumprir a determinação de deixar a Comissão de Direitos Humanos aberta ao público. Mas só se não houver tumulto. “Se tiver confusão, vamos restringir a entrada. Isso está previsto no regimento.”

Nesta quarta-feira, foram aprovados quatro requerimentos. Entre eles, está um de autoria do próprio Feliciano. O documento requer a diligência ao Hospital de Câncer de Barretos (SP) para avaliar o alojamento para os familiares. Outros dois tratam de questões indígenas e o terceiro sobre exploração sexual de crianças e jovens.

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Caetano Veloso – O cantor Caetano Veloso foi citado por Feliciano durante a sessão, no mesmo dia em que um vídeo no qual relaciona o sucesso do artista baiano à ação do diabo circulou pelas redes sociais.

Sem comentar o vídeo, Feliciano afirmou que o “grande cantor Caetano Veloso disse que aplaudiria de pé a atuação da comissão” no caso da contaminação por chumbo em Santo Amaro da Purificação, cidade natal da família Veloso. O deputado não especificou quando o cantor teria dado tal declaração. “Eu sinto que é um sinal de que estamos no caminho certo. A comissão já provocou algo lindo para o Brasil. Se só isso tivesse acontecido, já teria valido a pena.” Acusando o parlamentar de ter posições racistas e homofóbicas, Caetano faz parte do grupo de artistas que realizou protestos pedindo a renúncia de Feliciano da presidência da comissão.

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