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Manifestantes pedem libertação dos invasores presos

Passeata partiu do campus até o 91º DP, para onde foram levados os estudantes detidos pelo batalhão de choque da PM na madrugada desta terça-feira

Por André Vargas
8 nov 2011, 13h36

Por volta das 13 horas desta terça-feira, cerca de 300 estudantes da Universidade de São Paulo (USP) organizaram um protesto em frente ao 91º Distrito Policial (Ceagesp). Os manifestantes, que partiram do câmpus e caminharam cerca de seis quilômetros até a delegacia, pediam a soltura dos 70 colegas ─ 46 homens e 24 mulheres ─ detidos na madrugada de hoje, depois que o Batalhão da Polícia de Choque consumou a desocupação do prédio da reitoria, invadida na terça-feira, dia 1º.

O trânsito ficou parcialmente bloqueado na frente da delegacia, localizada na Avenida Gastão Vidigal, na Lapa. Os soldados da tropa de choque impediram a passagem dos manifestantes, que gritavam palavras de ordem: “Libertem nossos presos!”, e “Não esquecemos a ditadura, assassinatos e torturas!”. Todos os detidos foram acompanhados por advogados, políticos e familiares.

Os estudantes afirmaram que decidiram iniciar a manifestação depois de serem avisados, por telefone celular, que os colegas presos estavam dentro de ônibus sem água nem banheiro. Ariele Tavares Moreira, aluna do curso de Letras e diretora do Diretório Central dos Estudantes (DCE), informou que os colegas só receberam água e comida depois dos protestos. Quando a manifestação chegou à delegacia, contudo, os estudantes já haviam tido acesso a banheiros e recebido água e frutas dos advogados, amigos e familiares.

Outro manifestante, André Boff, da comissão de comunicação da ocupação, disse que a tentativa de enquadrar os invasores em crime ambiental constitui uma estratégia de intimidação por parte da reitoria. “Crime ambiental é inafiançável”, disse. “A reitoria criou essa desculpa para nos calar”.

A barulheira provocada pela passeata durou 25 minutos. Não houve conflito com os policiais. Findada a gritaria, os estudantes optram por entrar numa lanchonete que funciona no terreno da delegacia e aguardar o início da libertação dos detidos ─ que, de acordo com os advogados, deve acontecer no fim da tarde. A fiança arbitrada para a soltura dos alunos foi reduzida. Os estudantes pagarão, no máximo, um salário mínimo.

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