Manifestantes arremessam moedas em vereadores da CPI dos Ônibus
Procurador-geral do município, Fernando Dionísio negou a formação de cartel entre as empresas de ônibus. Comissão teve mais um dia de protestos
A segunda audiência pública da CPI dos Ônibus, na Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro, teve nova confusão entre manifestantes, indignados com a composição da comissão, e os vereadores. Um grupo de aproximadamente 15 pessoas protestava em uma das galerias da Casa e chegou a arremessar moedas nos parlamentares. Os seguranças foram até os manifestantes para pedir que parassem, e o grupo optou por deixar o plenário. Com a saída do proponente da CPI, Eliomar Coelho, do PSOL, a comissão passou a ser integrada apenas por vereadores da base aliada de Eduardo Paes, do PMDB.
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Quem assumiu a vaga deixada por Eliomar foi Marcelo Queiroz, do PP, que investigará as denúncias de irregularidades na licitação dos ônibus, em 2010, junto com Chiquinho Brazão (PMDB), Professor Uoston (PMDB), Jorginho da S.O.S (PMDB) e Renato Moura (PTC).
A audiência desta quinta-feira ouviu o procurador-geral do município, Fernando Dionísio, e o advogado do Consórcio Santa Cruz, Maximino Gonçalves Fontes Neto. O presidente do sindicato das empresas de ônibus do Rio de Janeiro (Rio Ônibus), Lélis Marinho, também deve prestar esclarecimentos.
Dionísio falou durante uma hora e negou a existência de cartel entre as empresas de ônibus. O Tribunal de Contas do Município (TCM) havia identificado indícios de formação de cartel na primeira licitação da cidade do Rio, em 2010, para operar as linhas de ônibus. Das 41 empresas inscritas, 16 participavam de mais de um consórcio.
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