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Macarrão deve assumir em júri que mandou matar Eliza

Advogado de Macarrão, Wasley Vasconcelos, deixa o caso: “Não admitiria jamais que meu cliente se responsabilizasse por algo que ele não cometeu”

Por Luciana Marques
12 mar 2012, 12h18

“A morte da Eliza ocorreu ao arrepio de Bruno, por desobediência total de Macarrão. Foi traição”, Rui Pimenta, advogado de Bruno

Luiz Henrique Ferreira Romão, conhecido como Macarrão, deve assumir – durante julgamento no Tribunal do Júri – que foi o mandante do assassinato de Eliza Samúdio. A ex-amante do goleiro Bruno Fernandes Souza desapareceu em junho de 2010 e até hoje o corpo não foi encontrado. Segundo as investigações, ela foi assassinada por causa da insatisfação do goleiro em relação ao pagamento de pensão a Eliza, com quem teve um filho.

Fontes diretamente ligadas ao caso disseram ao site de VEJA que Macarrão deve livrar o amigo da acusação durante o julgamento, que estava previsto para março mas deve acontecer nos próximos meses. Um dos motivos seria a falta de condições financeiras de Macarrão para pagar sua própria defesa. Ele teria sido convencido a assumir a culpa em favor do amigo.

O advogado de Macarrão, Wasley César de Vasconcelos, deixou o caso nesta segunda-feira por motivos “particulares”. Ele disse ao site de VEJA que Macarrão recebeu nos últimos dias visitas de outros advogados. “Não concordo com algumas coisas que estão acontecendo. Eu não admitiria jamais que meu cliente se responsabilizasse por uma coisa que ele não fez”, afirmou. Ele disse que na semana passada discutiu longamente o caso com Macarrão, mas não chegaram a um “denominador comum”.

Defesa – Rui Pimenta, um dos advogados de Bruno, disse nesta segunda-feira ao site de VEJA que o goleiro admite que Eliza foi morta e responsabilizou Macarrão pelo crime. “É aquilo mesmo: mataram, esquartejaram, jogaram para cachorro e depois colocaram no forno; não fica nem um fio de cabelo para contar história”, disse Pimenta. Segundo ele, Macarrão contou para o goleiro o crime e Bruno ficou “chocado”. Leia detalhes da entrevista.

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Pimenta já havia dito, em janeiro deste ano, que Macarrão cometeu o crime “por amor”. “Ele tomou essa decisão por conta própria, por um amor homossexual”, afirmou na ocasião. Uma das “provas de amor”, segundo o advogado, seria a tatuagem que Macarrão tem nas costas com os dizeres: “Bruno e Maka. A amizade nem mesmo a força do tempo irá destruir, amor verdadeiro.”

Francisco Fimim, também advogado de Bruno, nega que tenha conversado recentemente com Macarrão, mas admite que a expectativa é que Macarrão assuma a responsabilidade pelo crime. “Ou ele mandou ou executou, essa é a dúvida que perdura”, disse.

A defesa de Bruno aguarda decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o pedido de habeas corpus impetrado na corte em dezembro do ano passado. Bruno está preso desde julho de 2010 na penitenciária de segurança máxima Nelson Hungria, em Contagem (MG). Bruno é acusado pelos crimes de homicídio qualificado, sequestro, cárcere privado e ocultação de cadáver de Eliza Samúdio.

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