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Lula admite que usa sítio em Atibaia. Mas não explica por que empreiteiros reformaram o local

Em nota, ex-presidente afirma que frequenta o local em dias de descanso. Faltou dizer por que pediu a Léo Pinheiro que tocasse as obras no Santa Bárbara

Por Da Redação
29 jan 2016, 18h23

Diante do avanço das investigações da Operação Lava Jato sobre a reforma no sítio usado pelo ex-presidente Lula em Atibaia, no interior paulista, o petista decidiu nesta sexta-feira admitir que frequenta o local, cuja existência foi revelada por VEJA em abril do ano passado. Foi a pedido do próprio Lula que o ex-presidente da OAS Léo Pinheiro fez uma ampla reforma no local. A empreiteira é acusada pela Operação Lava Jato de ter desviado 6 bilhões de reais dos cofres da Petrobras.

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“Desde que encerrou o segundo mandato no governo federal, em 2011, o ex-presidente Lula frequenta, em dias de descanso, um sítio de propriedade de amigos da família na cidade de Atibaia”, diz nota divulgada pelo Instituto Lula. O texto afirma que o fato pertence à esfera pessoal da vida de Lula, mas que há uma tentativa de associá-lo a supostos atos ilícitos com “o objetivo mal disfarçado de macular a imagem do ex-presidente”. Não há uma só palavra dedicada a explicar por que o ex-presidente pediu ao empreiteiro hoje condenado a mais de dezesseis anos de cadeia uma reforma no sítio.

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A escritura de posse do sítio Santa Bárbara está em nome dos empresários Jonas Suassuna e Fernando Bittar – ambos sócios de Fábio Luís da Silva, o Lulinha, filho do ex-presidente. Suassuna e Bittar compraram o sítio em agosto de 2010, quatro meses antes de Lula deixar o cargo. Pagaram 1,5 milhão de reais pela propriedade. Amigos e políticos, contudo, identificam o local como sendo do ex-presidente.

Reportagem desta sexta-feira do jornal Folha de S. Paulo envolve mais uma empreiteira na reforma do sítio usado pelos Lula da Silva. A ex-dona de uma loja de materiais de construção e um prestador de serviço afirmam que a Odebrecht gastou cerca de 500.000 reais só em materiais para as obras. À época da reforma, que teve início no fim de 2010, Patrícia era proprietária do Depósito Dias, loja que forneceu produtos para a reforma. “A gente diluía esse valor total em notas para várias empresas, mas para mim todas elas eram Odebrecht”, disse Patrícia, que também admitiu ter comercializado parte dos materiais sem registro fiscal.

Originalmente, na propriedade rural havia duas casas, piscina e um pequeno lago. Quando a reforma terminou, a propriedade tinha mudado de padrão. As antigas moradias foram reduzidas aos pilares estruturais e completamente refeitas, um pavilhão foi erguido, a piscina foi ampliada e servida de uma área para a churrasqueira. Também há um lago artificial para pescaria, um dos esportes preferidos do ex-presidente.

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