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Luiz Sérgio deixa ministério das Relações Institucionais

Coordenação política do governo Dilma ficará com Ideli Salvatti; petista assumirá ministério da Pesca

Por Adriana Caitano e Luciana Marques
10 jun 2011, 15h26

O ministro da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, Luiz Sérgio Nóbrega de Oliveira, deixou o cargo nesta sexta-feira, menos de seis meses após assumi-lo. Ele foi convocado para uma reunião com a presidente Dilma Rousseff no início da tarde, onde foi selado seu destino. Desde o início do mandato, Luiz Sérgio era criticado por não conseguir cumprir o papel de articulador político entre o Palácio do Planalto e o Congresso. A situação se agravou após denúncias de enriquecimento súbito do ex-ministro da Casa Civil, Antonio Palocci. Luiz Sérgio mostrou-se incapaz de acalmar os ânimos dos parlamentares e amenizar os efeitos da crise iniciada no governo.

Como esperado, a ministra da Pesca e Aquicultura, Ideli Salvatti, assumirá o comando da pasta, responsável pelas articulações políticas do governo Dilma. Luiz Sérgio assumirá o ministério atualmente comandado por ela. Segundo a Presidência, os ministros serão empossados na próxima segunda-feira.

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Luiz Sérgio já havia dado sinais de inabilidade durante a discussão do Código Florestal na Câmara dos Deputados. A função dele era manter negociações para que o projeto fosse aprovado de acordo com a vontade de Dilma. No entanto, mesmo com a maioria das cadeiras, o governo não conseguiu impedir uma derrota na votação da emenda ao texto elaborado por Aldo Rebelo (PCdoB-SP). Entre os que apoiaram os itens questionados pelo Planalto, estavam até mesmo parlamentares governistas.

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Após a derrota, petistas e peemedebistas iniciaram uma campanha contra o ministro. Alguns diziam que sua importância era nula e que, portanto, ele sequer era procurado para resolver questões de interesse dos parlamentares. Luiz Sérgio chegou a ganhar o apelido de “garçom”, porque, na opinião de integrantes da base aliada, apenas anotava pedidos de deputados e senadores para entregá-los aos chefes, sem atuar diretamente nos casos.

Fragilidade – A crise envolvendo Palocci evidenciou ainda mais a fragilidade de Luiz Sérgio. O principal articulador do Planalto era justamente o ex-ministro da Casa Civil. Luiz Inácio Lula da Silva foi chamado às pressas para apagar o incêndio. E o ministro da SRI ficou de lado. A queda de Palocci, portanto, destacou a necessidade de uma mudança que facilitasse a comunicação entre deputados e senadores e o governo, com um representante com livre trâmite dos dois lados.

A presidente Dilma já havia deixado clara a intenção de colocar a ex-senadora e atual ministra da Pesca e Agricultura, Ideli Salvatti (PT-SC), no cargo. No entanto, os petistas não aprovaram seu nome consensualmente e defenderam até o último momento o nome do líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP). A escolha de Vaccarezza agradava também aos peemedebistas, que queriam o deputado Mendes Ribeiro (PMDB-RS) na liderança.

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