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Lava Jato: Chioro defende contratos da Saúde e diz que eventuais desvios ocorreram entre empresas

Segundo levantamento do ministério, o valor pago pela subcontratação de produtoras investigadas foi de R$ 2,6 milhões, quantia muito inferior a repasses apontados pelo MP

Por Gabriel Castro, de Brasília
13 abr 2015, 20h26

O ministro da Saúde, Arthur Chioro, afirmou nesta segunda-feira que os contratos de publicidade do ministério investigados na operação Lava Jato foram de fato cumpridos, e que eventuais desvios ocorreram em repasses entre entes privados. Chioro concedeu uma entrevista coletiva para tratar do tema na tarde desta segunda-feira.

O Ministério Público Federal aponta que produtoras subcontratadas pela agência Borghi Lowe, que mantém um contrato com o Ministério da Saúde, repassaram dinheiro a companhias que tinham como sócios o ex-deputado petista André Vargas (atualmente sem partido) e Leon Vargas, irmão dele. Após a denúncia vir a público, o governo suspendeu os pagamentos à agência e às quatro fornecedoras.

Chioro, entretanto, disse que todos os serviços contratados foram prestados de forma adequada. “O levantamento preliminar mostra 27 produtos efetivamente apresentados e atestados pela equipe técnica do Ministério da Saúde. Portanto, eles não são invenções. Eles foram efetivamente prestados, dentro da legalidade do contrato”, afirmou.

Também segundo o ministro da Saúde, não há registros de pagamentos feitos pelo ministério às companhias de André e Leon Vargas. “As empresas dos irmãos Vargas não aparecem em nenhuma documentação, em nenhuma nota, em nenhum contrato que o ministério tenha com a Borghi ou outras contratadas”, disse o ministro. O que o MP aponta, entretanto, são repasses a título de propina feitos pelas produtoras subcontratadas à empresas de fachada dos Vargas.

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Chioro transferiu a existência de possíveis irregularidades para os negócios entre as empresas. “Se houve foi de privado com outro ente privado”, afirmou o ministro.

Segundo o levantamento preliminar divulgado nesta segunda-feira pelo Ministério da Saúde, entre 2011 e 2015 a Borghi Lowe recebeu 123,7 milhões de reais por serviços prestados à pasta. Desse total, a Polícia Federal aponta que 10% foi pago a título de bônus para as quatro companhias sob suspeita de repassarem os valores às empresas dos Vargas. Mas Chioro enfatizou que o valor pago às fornecedoras investigadas foi muito inferior: 2,6 milhões.

Labogen – O ministro também negou que a pasta tenha omitido um encontro de seu antecessor, Alexandre Padilha, com André Vargas e o doleiro Alberto Yousseff para tratar da contratação do laboratório de fachada Labogen. “Nós jamais omitiríamos qualquer informação ao juiz, ao Ministério Público ou à Polícia Federal”, disse.

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De acordo com ele, o encontro não foi registrado pelas agendas oficiais, e por isso sua gestão não poderia repassar qualquer informação sobre o tema. Sobre a razão para a reunião fora do ministério, Chioro se esquivou: “Tem que ser perguntado ao ex-deputado e ao ex-ministro Alexandre Padilha”, afirmou ele, que disse não adotar essa prática. O ministro descartou uma investigação sobre Padilha e declarou ainda que, para a pasta, o caso Labogen está encerrado.

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