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Kassab diz que distribuição de combustível voltou ao normal

Polícia Civil investiga denúncias de aumento abusivo nos preços dos combustíveis e prende quatro gerentes. Operação continua até o fim do dia

Por Cida Alves
7 mar 2012, 13h12

O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, garantiu nesta terça-feira que a distribuição de combustível na capital paulista foi retomada e que o abastecimento dos postos voltou ao normal. Desde esta segunda-feira, quando os caminhoneiros autônomos iniciaram uma paralisação em protesto contra as novas restrições de horário para a circulação na Marginal Tietê, a cidade sofria com a falta de álcool e gasolina.

“O abastecimento já voltou”, afirmou o prefeito. “Não existe mais a ameaça dessa manifestação e a Polícia Militar está atuando para garantir a distribuição”.

De acordo com Kassab, dentro de no mínimo duas semanas a prefeitura fará uma avaliação de como está sendo o impacto no trânsito das novas restrições e não descartou que sejam feitos ajustes na operação. “A prefeitura tem humildade para reconhecer quando existem aperfeiçoamentos necessários e nossa avaliação é permanente”, disse. “Foi assim com outras leis que trouxeram grandes mudanças para a cidade, como a Lei Cidade Limpa e as restrições aos ônibus fretados”.

Embora admita que possam ser feitas mudanças nas novas regras, Kassab descartou mudanças para os próximos dias. Nesta manhã, Jose A. Paiva Gouvea, presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo (Sincopetro), chegou a sugerir a suspensão das normas para que o abastecimento fosse normalizado.

“Não existe a possibilidade das regras serem suspensas agora”, garantiu Kassab. “Isso seria como ceder ao movimento grevista. Antes de entrar em vigor, a medita já havia sido protelada um mês a pedido dos caminhoneiros”.

A tendência, segundo o prefeito, é que a restrição seja ampliada ao longo dos anos e que o abastecimento fique restrito ao período noturno. “É assim no mundo inteiro”, observou Kassab. “Não será diferente em São Paulo. Essa é a razão para a construção do Rodoanel”.

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Nesta terça-feira, a Justiça de São Paulo determinou, por medida liminar, que os sindicatos que paralisaram a distribuição de combustíveis na capital retomem os serviços. Se descumprirem a ordem judicial, eles terão de pagar uma multa diária de 1 milhão de reais. Apesar da decisão, Norival de Almeida Silva, presidente do Sindicato dos Transportadores de Rodoviários de Autônomos de Bens do Estado de São Paulo (Sindicam) não garantiu que os caminhoneiros retornarão ao trabalho.

Como a falta de combustível afeta sua vida?

Prisões – Diante das denúncias feitas por consumidores de aumento abusivo nos preços dos combustíveis, a Polícia Civil começou a percorrer os postos de gasolina da capital. Nesta manhã, agentes do Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC) detiveram quatro gerentes.

Eles responderão por crime de especulação contra a economia popular, cuja pena é de seis meses a dois anos de prisão e pagamento de multa. Como o delito é considerado de menor potencial ofensivo, os gerentes assinaram um termo circunstanciado e foram liberados.

A ação da Polícia Civil continuará durante todo o dia, informou ao site de VEJA o delegado Fernando Schmidt, titular do DPPC. “Estamos trabalhando com informações que têm chegado para nós. Os próprios consumidores estão telefonando”, afirmou.

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As detenções ocorreram nos seguintes postos:

– Rua Alfredo Pujol, 945 (gasolina: antes R$ 2,799, hoje R$ 4,499) – O posto teve as bombas lacradas e não está funcionando.

– Alameda Barão de Limeira, 668 (gasolina: antes R$ 2,699, hoje R$ 2,999) – O gerente do posto já retornou às atividades. Após a ação da polícia ele baixou o preço para R$ 2,699 e o posto continua operando. A gasolina comum, no entanto, acabou.

– Rua Amaral Gurgel, 387 (gasolina: antes R$ 2,799, hoje R$ 2,899) – O frentista confirmou à reportagem que o gerente tinha sido levado à delegacia. Segundo ele, o preço normal da gasolina é de R$ 2,899 e que, quando estavam cobrando R$ 2,799, eles estavam em uma promoção. Por causa da escassez de combustível eles decidiram retomar o preço “normal” do cumbustível.

– Av. Itaquera, 1968 (gasolina: antes R$ 2,699, hoje R$ 2,999, álcool: antes R$ 1,599, hoje R$ 1,999).

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As denúncias podem ser feitas pelo telefone 3338-0155.

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