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Justiça manda Cachoeira e Cavendish para prisão domiciliar

Outros três presos pela Operação Saqueador, deflagrada ontem, foram beneficiados pela decisão do desembargador Antonio Ivan Athié, do Tribunal Regional Federal da 2ª Região

Por Da Redação
1 jul 2016, 20h40

O desembargador Antonio Ivan Athié, do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, no Rio de Janeiro, determinou nesta sexta-feira que o bicheiro Carlinhos Cachoeira e mais três presos preventivamente pela Operação Saqueador, deflagrada ontem, deixem a cadeia e passem à prisão domiciliar. A informação foi veiculada pela GloboNews. Alvo de um mandado de prisão preventiva não cumprido, o ex-presidente da empreiteira Delta Fernando Cavendish, que está no exterior e é considerado foragido, também foi beneficiado pela decisão. A operação investiga o desvio de 370 milhões de reais posteriormente lavados por uma rede de 18 empresas de fachada e por fim destinados a políticos e campanhas eleitorais em forma de propina.

O desembargador atendeu a um pedido da defesa de Cachoeira e estendeu a decisão aos outros réus presos pela Saqueador. Além do bicheiro e do empresário, cumprirão prisão domiciliar com monitoramento por tornozeleira eletrônica os lobistas Adir Assad e Marcelo Abbud e o ex-diretor da Delta Cláudio Abreu.

Os cinco alvos de mandados de prisão preventiva e outros 18 acusados na Saqueador passaram à condição de réus na última quarta-feira, quando o juiz federal Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, aceitou a denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal pelos crimes de formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.

Segundo os investigadores do MPF e da Polícia Federal, os desvios milionários, identificados na denúncia do MP como “crimes antecedentes” ao de lavagem de dinheiro, se deram em quatro contratos da Delta: dois contratos firmados com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) em 2010, o contrato para construção do complexo aquático Maria Lenk, no Rio de Janeiro, em 2006, e em um contrato para despoluição de praias no município de Iguaba Grande (RJ), em 1999.

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Uma perícia na contabilidade da construtora mostra que 96% do seu faturamento entre 2007 e 2012, quase 11 bilhões de reais, eram oriundos de obras públicas, inclusive do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Leandro Mitidieri, o procurador responsável pela denúncia do MPF, classificou ontem como “sofisticado” o esquema de lavagem de dinheiro, que envolvia dezoito empresas de fachada para destinar dinheiro a agentes públicos, inclusive políticos, e, de acordo com Mitidieri, era “capitaneado” por Carlinhos Cachoeira.

Segundo a assessoria de Cavendish, ele está em viagem à Europa desde 22 de junho e ainda não tem data para voltar, mas “está providenciando o retorno ao Rio de Janeiro”.

(da redação)

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