Juiz convoca sócio de Gil Rugai para depor em julgamento
Rudi Otto foi dispensado como testemunha de defesa e agora será ouvido a pedido da acusação; ele teria visto arma do crime na gaveta de Gil Rugai
Teve início nesta manhã o terceiro dia de julgamento de Gil Rugai, ex-seminarista de 29 anos acusado de assassinar o próprio pai, Luís Carlos Rugai, e a madrasta, Alessandra Troitini, em 28 de março de 2004, em São Paulo. O júri terá continuidade com os depoimentos das testemunhas de defesa, e a novidade é a convocação de mais uma testemunha do juízo – aquela arrolada pelo juiz. Trata-se de Rudi Otto, que era sócio de Gil Rugai em uma produtora de vídeos na época do crime.
Otto foi dispensado como testemunha da defesa e agora será ouvido pelo juiz a pedido da acusação. Segundo o advogado da família de Alessandra e assistente de acusação, Ubirajara Mangini, em seu depoimento o ex-sócio contará que viu a arma do crime na gaveta do escritório de Gil Rugai.
Nos dois primeiros dias de julgamento foram ouvidas cinco da acusação e uma da defesa. Ainda estão previstas mais oito testemunhas de defesa e duas convocadas pelo juiz Adilson Paukoski Simoni.
A promotoria defende que Gil Rugai matou o casal depois do pai ter descoberto um desvio de dinheiro na sua produtora de vídeo, feito pelo próprio filho. Já a defesa tenta relacionar as mortes ao tráfico de drogas. Em depoimento nesta terça-feira, Alberto Bazaia Neto, instrutor de voo e amigo de Luís Carlos, confirmou que o pai havia expulsado Gil Rugai de casa, dias antes de ser morto, ao descobrir a fraude na produtora, e que considerava o filho um “menino perigoso”.
Ao contrário dos dias anteriores, nesta quarta-feira Gil Rugai entrou no Fórum Criminal da Barra Funda pelo fundos para evitar a imprensa. O réu chegou ao julgamento às 9h50. No dia anterior, Rugai havia sido abordado pelos jornalistas e disse que é inocente. O julgamento foi retomado às 10h52.
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