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Jaqueline Roriz admite caixa dois na campanha de 2006

Segundo procurador, houve outros pagamentos além do mostrado em vídeo

Por Luciana Marques
14 mar 2011, 20h11

A deputada federal Jaqueline Roriz (PMN-DF) admitiu nesta segunda-feira ter recebido caixa dois na campanha eleitoral de 2006. Em nota, ela afirmou que recebeu os recursos não-contabilizados do operador do chamado mensalão do DEM de Brasília, Durval Barbosa. A nota confirma as imagens em que a deputada e seu marido, Manoel Neto, aparecem recebendo maços de dinheiro.

As cenas foram gravadas na época em que Jaqueline era candidata a deputada distrital. Esta é a primeira vez que a parlamentar se manifesta publicamente sobre o caso desde que as imagens vieram à tona.

“Durante a campanha eleitoral de 2006 estive algumas vezes no escritório do senhor Durval Barbosa, a pedido dele, para receber recursos financeiros para a campanha distrital, que não foram devidamente contabilizados na prestação de contas da campanha”, diz a deputada, no texto.

Reportagem de VEJA mostra que novos vídeos feitos por Durval Barbosa comprometem o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), e o ex-governador Joaquim Roriz (PSC), pai de Jaqueline, e uma advogada que fazia lobby no Planalto.

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Jaqueline Roriz também afirmou que aguarda reposta do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre seu pedido de recebimento das gravações completas em que ela aparece recebendo pacotes de dinheiro. O STF abriu inquérito para investigar a deputada federal, a pedido do Procurador Geral da República, Roberto Gurgel.

Nesta segunda-feira, o ministro relator do caso no STF, Joaquim Barbosa, autorizou a tramitação do inquérito e acolheu os pedidos de Gurgel. Ele determinou que a deputada preste depoimento e que seja realizada a degravação do conteúdo do vídeo gravado por Durval Barbosa. O ministro deu um prazo de 30 dias para que a Polícia Federal finalize as diligências.

A deputada informou na nota que não comparecerá à Câmara dos Deputados nos próximos cinco dias porque está de licença médica. O atestado apresentado, contudo, não informa o motivo da ausência. Diz apenas que a paciente está recebendo “acompanhamento ambulatorial”.

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Outros repasses – O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, afirmou nesta segunda-feira que Jaqueline Roriz recebeu outros repasses de Durval Barbosa, além do que foi apresentado em vídeo. “Teria havido outros pagamentos e esses aspectos todos serão objeto de investigação”, afirmou Gurgel. Segundo o procurador, o ex-secretário disse em depoimento que o valor entregue “era uma retribuição” ao papel de Jaqueline na campanha eleitoral.

A bancada do Distrito Federal na Câmara dos Deputados reuniu-se nesta segunda-feira e decidiu fazer coro aos pedidos de investigação contra Jaqueline Roriz. O PSOL já pediu investigação na Corregedoria e na quarta-feira pedirá ao Conselho de Ética a abertura de um processo de cassação contra a parlamentar. Participaram da reunião seis dos oito deputados do DF.

O vídeo com a presença de Jaqueline Roriz é mais um componente da cinemateca de Durval Barbosa. Uma das gravações divulgadas pelo ex-secretário culminou na prisão do então governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda. O episódio, conhecido como mensalão do DEM, é investigado pela Operação Caixa de Pandora.

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