Irmão de brasileiro morto no México fez contato com família
Fernando Silva, que viajou com Dealberto Jorge Silva, encontrado morto em Playa del Carmen, demonstrou confusão mental em ligações nesta segunda
O engenheiro Fernando Silva, irmão do empresário Dealberto Jorge Silva, encontrado morto em um hotel em Playa del Carmen, no México, fez contato telefônico com a família em Jaraguá do Sul, em Santa Catarina, nesta segunda-feira. Até o telefonema, ele estava desaparecido. Segundo um parente que não quis se identificar, Fernando demonstrou confusão mental nas ligações, disse que precisava de dinheiro para ir ao próprio velório e que os pais tinham morrido.
O Itamaraty confirma a morte de um brasileiro, mas não informa quando o corpo teria sido encontrado. A polícia mexicana investiga o caso e, segundo uma das versões para o crime, espalhada por amigos dos irmãos no WhatsApp, Dealberto teria se envolvido com a namorada de um traficante, uma russa identificada nas redes sociais como Katerina. O empresário a cita em áudio enviado a amigos pedindo socorro. Na gravação, obtida com exclusividade pelo site de VEJA, o catarinense pede a um amigo ou parente que avise a Polícia Federal que ele será sequestrado em breve pela “russa”, e afirma que está passando em frente ao hotel Royal e que todos estão olhando para ele.
Segundo essa versão, Fernando estaria escondido com medo de ser morto pelo traficante, que teria mandado invadir o hotel onde os irmãos estavam e jogado Dealberto da sacada. Os criminosos teriam plantado drogas no quarto e Fernando seria apontado pelos policiais como o assassino de seu próprio irmão.
De acordo com o jornal local Diario Respuesta, que publicou fotos do empresário morto, Dealberto teria se desequilibrado ao tentar pular do topo do edifício para a sacada de seu quarto. O jornal afirma que ele estava sob efeito de drogas e álcool. O hotel Reina Roja, onde ele estava hospedado com o irmão e dois amigos em Playa del Carmem, nega que a morte tenha ocorrido no local. Os vizinhos escutaram o barulho e chamaram socorro médico, mas Dealberto já estava morto. O empresário estava com o passaporte do irmão e foi identificado pela polícia e pelo jornal de forma equivocada.