Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Investigação aponta que Marinho usou conta secreta na compra de casa

Conselheiro do TCE é investigado por envolvimento no esquema que fraudou licitações de trens e metrô em São Paulo

Por Da Redação
23 jun 2014, 07h43

Investigadores suíços acreditam que o conselheiro do Tribunal de Contas de São Paulo Robson Marinho tenha usado dinheiro de conta secreta no país europeu para comprar a casa em que mora em São Paulo. As informações são de reportagem desta segunda-feira do jornal Folha de S. Paulo. Marinho é investigado por envolvimento no esquema que fraudou licitações de trens e metrô em São Paulo.

Leia também:

MP apresenta à Justiça 1ª denúncia contra Robson Marinho

MP cobra R$ 1 bi de Robson Marinho e acusados

De acordo com o jornal, autoridades da Suíça informaram ao Ministério da Justiça e ao Ministério Público de São Paulo que dados bancários apontam um repasse de 1,1 milhão de dólares de conta atribuída a Marinho para uma conta nos Estados Unidos, justamente no dia em que o conselheiro do TCE assinou o contrato de compra do imóvel. Investigadores no Brasil e na Suíça creem que o dinheiro tenha sido repassado ao vendedor da casa.

Continua após a publicidade

Leia também:

Conheça o manual de propina da Alstom

Brasil tenta convencer Suíça a retomar acordo

Ainda segundo a publicação, investigações suíças indicam que a transferência do dinheiro foi feita em 23 de setembro de 1998, da conta da Higgins Finance Limited, empresa controlada por Marinho e registrada em um paraíso fiscal, para uma conta na Suíça do banco Coutts. Segundo autoridades suíças, a conta pode ser vinculada a outra, controlada nos EUA por Ademar Lins de Albuquerque, que vendeu a casa para Marinho. Procurado pela Folha, o advogado do conselheiro do TCE afirma que não vai se manifestar porque as provas contra seu cliente são ilícitas.

Continua após a publicidade

Marinho exerce a função de conselheiro do TCE desde 1997 – está afastado do cargo desde 4 de junho. Ele também é ex-chefe da Casa Civil do governo Mário Covas (PSDB), e já foi alvo de duas investigações: uma criminal, pelo Superior Tribunal de Justiça, e outra por improbidade administrativa, pelo Ministério Público de São Paulo. Em ambas, Marinho é suspeito de receber propina da empresa Alstom para beneficiar a multinacional.

Ex-diretores da Alstom confirmaram a autoridades europeias que pagaram propina a agentes públicos no Brasil para que fosse aprovada a extensão contratual, o que ocorreu em 1998. Um dos executivos, Michel Cabane, declarou que Marinho foi o destinatário de propinas.

A investigação do caso Alstom começou em 2008. Há mais de sessenta inquéritos abertos. Ela também foi incrementada a partir da revelação, no ano passado, de um suposto cartel de empresas integrado por Alstom e Siemens no sistema metroferroviário de São Paulo.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.