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Impeachment não está na agenda do PSDB, diz Aécio

Senador tucano também afirmou que não vai aos protestos contra Dilma para não endossar o discurso petista de que o PSDB busca o terceiro turno

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 11 mar 2015, 16h43

O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), disse nesta quarta-feira que, a despeito de o partido apoiar as manifestações contra o governo que tomarão as ruas no próximo domingo, um eventual pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff “não está na agenda do PSDB”. Aécio reuniu correligionários na manhã desta quarta para decidir como os tucanos atuarão nos protestos e aproveitou para criticar a postura do PT, que tem recorrido ao discurso de “golpe” para desqualificar as manifestações populares.

“Não proibimos e não estamos proibidos de dizer a palavra impeachment. Ela apenas não está na agenda do PSDB. Agora, desconhecer que setores da sociedade defendem essa tese é desconhecer a realidade. Mas essa não é a agenda nesse momento do PSDB”, disse o senador. Após reunião da Executiva Nacional do partido, Aécio voltou a afirmar que o governo tem praticado um “estelionato eleitoral”, adotando medidas, como o arrocho nos direitos trabalhistas, que, ao longo da corrida eleitoral, se comprometeu a não fazer. “O que combatemos é o estelionato eleitoral, é o governo que toma agora medidas no campo oposto às que defendia durante a campanha eleitoral, é o governo que não tem sequer respeito à população brasileira para fazer a mea culpa e dizer que errou e errou muito ao longo dos últimos anos”, afirmou.

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A insatisfação do eleitorado com o governo reeleito da presidente Dilma ganhou contornos mais explícitos depois de a petista ter pedido “paciência” à população em cadeia de rádio e TV no último domingo e, como resposta, viu a população organizar panelaços em diversas cidades brasileiras. No dia seguinte, petistas chegaram a acusar a oposição de ter “financiado” o panelaço anti-Dilma. “O PT não pode se achar no direito de decidir sobre o quê, quando e onde os brasileiros podem protestar para demonstrar sua indignação”, afirmou Aécio. “Rejeitamos vigorosamente essa patrulha de setores do PT que chega ao cúmulo do ridículo de dizer que o panelaço havido no último domingo foi patrocinado pelas oposições. Nem que nós tivéssemos um crédito ilimitado nas Casas Bahia ou no Ricardo Eletro conseguiríamos comprar tanta panela para atender a tantos brasileiros”, ironizou o tucano. “Manifestar-se nas ruas em relação àquilo que acredita não é golpe, é exercer na plenitude a democracia e é isso que faremos”, declarou ele.

Terceiro turno – Embora tenha endossado os protestos de domingo, Aécio Neves disse que não pretende participar pessoalmente das marchas anti-governo para não ampliar o discurso petista de que o PSDB estaria em busca de um “terceiro turno” eleitoral”. “Decidi não ir para não dar força para discurso de que estamos vivendo terceiro turno. Não estamos disputando um terceiro turno, estamos demonstrando a nossa indignação contra tudo que está acontecendo no país, contra a mentira que não cessa, contra o discurso sem qualquer conexão com a realidade”, afirmou.

Para ele, até o protesto convocado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) para a próxima sexta-feira, em uma estratégia para contrabalançar as marchas de domingo, devem se tornar também manifestações contra a gestão da presidente Dilma Rousseff, principalmente diante da decisão do governo de endurecer as regras de concessão de benefícios trabalhistas, como seguro-desemprego e seguro-defeso. “Não há como centrais sindicais, por mais aparelhadas que algumas delas sejam, por mais dóceis ao PT que muitas delas tenham demonstrado, defender hoje algo que venha de encontro aos interesses dos trabalhadores. Não há palavra proibida em uma sociedade democrática como a nossa”, resumiu.

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