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Ideli Salvatti terá de vencer resistência na Câmara

Nova articuladora política do governo tem experiência no Senado, mas nunca passou pela Casa que costuma dar mais dor de cabeça ao Planalto

Por Gabriel Castro
10 jun 2011, 15h27

Ideli Salvatti não era, nem de longe, o nome dos sonhos do Congresso para ocupar o cargo de Luiz Sérgio, que deixou a Secretaria de Relações Institucionais nesta sexta-feira. A ministra da Pesca, ex-senadora, não é vista como uma figura capaz de concentrar a articulação política do governo – um cargo que, tradicionalmente, é ocupado por oriundos da Câmara dos Deputados.

A petista de 59 anos foi líder do governo no Senado durante a gestão Lula. Mas, no Congresso, a avaliação é de que o ministro de Relações Institucionais costuma gastar a maior parte do tempo resolvendo impasses na Câmara, onde Ideli nunca esteve: a nova ministra emendou dois mandatos de deputada estadual em Santa Catarina com uma passagem pelo Senado.

Na Casa, notabilizou-se pela defesa incondicional do governo – o que, em alguns casos, significou também trabalhar para salvar a pele de aliados como José Sarney (PMDB-AP) e Renan Calheiros (PMDB-AL). Ainda assim, o PMDB não tem grande simpatia por ela. Ao contrário de Luiz Sérgio, que tinha pouco poder de decisão mas demonstrava serenidade e paciência ilimitadas, Ideli tem fama de irritadiça.

A nova ministra já esteve envolvida em esquemas nebulosos. Em 2007, VEJA revelou que o grupo político da senadora em Santa Catarina foi beneficiado por convênios fraudulentos firmados pelo governo federal com entidades não-governamentais. O dinheiro abastecia campanhas políticas do PT.

Em 2010, a petista ficou em terceiro lugar na disputa pelo governo de Santa Catarina. Foi salva do desemprego por Dilma, que lhe deu o ministério menos prestigiado da Esplanada dos Ministérios. Agora, sai do ostracismo para o centro nervoso do Executivo. É mais uma aposta de Dilma e passa a formar, junto com a própria presidente, Miriam Belchior (Planejamento) e Gleisi Hoffmann (Casa Civil), um inédito quarteto feminino no núcleo do governo.

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