Ibope: 38% dos paulistas dizem sofrer cortes de água
Taxa chega a 50% na cidade de São Paulo e a 55% nos municípios da região metropolitana
Segundo pesquisa Ibope, 38% dos eleitores paulistas dizem ter sofrido interrupção no abastecimento de água em suas casas nos últimos três meses. A taxa chega a 50% na cidade de São Paulo e a 55% nos municípios da região metropolitana – apesar de a Sabesp alegar que não há racionamento. Na grande maioria dos casos (78%), houve mais de uma interrupção nesse período.
Mesmo assim, a falta d’�água afeta marginalmente a eleição: Alckmin tem 41% de intenções de voto entre quem teve abastecimento interrompido pelo menos uma vez desde junho, contra 52% entre quem não ficou sem água nenhuma vez nos últimos três meses. A taxa mais baixa entre quem ficou a seco, no entanto, pode ter outras razões. A água represada no Sistema Cantareira continua em queda e registra nesta quarta-feira 10,7% da capacidade total.
Tradicionalmente, Alckmin vai melhor no interior do que na capital. Portanto, era esperado que continuasse bem fora da região metropolitana, onde a falta de �água ocorre com metade da frequência com que ocorre na capital e no entorno. Na periferia, onde houve mais queixas de interrupção, a taxa de ótimo e bom de Alckmin passou de 39% para 34% desde o fim de julho.
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O impacto eleitoral relativamente pequeno talvez se deva ao fato de a maior parte dos paulistas creditar a falta d�água à falta de chuvas – representando 37% dos entrevistados. Outros 14% falam do desperdício do consumidor. Só 13% culpam o governador, além dos 13% que debitam o problema às empresas e outros 8% que mencionam a falta de investimento.
Violência – Outro tema dominante na campanha eleitoral, a violência, aparece com destaque na pesquisa Ibope: 41% acham que a segurança pública piorou nos últimos doze meses no Estado, e só 9%, que melhorou – 48% dos entrevistados dizem que não mudou. Além disso, 46% dos paulistas dizem ter sofrido ou conhecer alguém que sofreu violência e/ou foi vítima de um crime no último ano. As citações a roubos e assaltos somaram 37% dos eleitores.
(Com Estadão Conteúdo)