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Homem é baleado na nuca e PM registra caso como atropelamento

Dois policiais militares disseram ter encontrado Alex de Morais, de 39 anos, caído depois de ser atropelado por uma moto

Por Da Redação
14 out 2015, 10h37

Investigações que apuram a morte do vigilante Alex de Morais, de 39 anos, concluíram que ele não morreu depois de ser atropelado, conforme afirmaram dois policiais militares que atenderam o caso. Segundo a Polícia Civil e a Corregedoria da Policia Militar, ele foi vítima de homicídio. O crime aconteceu na madrugada do último domingo, em Sapopemba, na Zona Leste de São Paulo. Na versão apresentada pelos dois PMs, que registraram o ocorrido no 69º DP (Teotônio Vilela), Morais foi encontrado caído, na Rua Edgar Pinto César, após ser atropelado por uma moto em alta velocidade ocupada por duas pessoas.

Segundo a investigação, os policiais podem ter induzido a erro os bombeiros que socorreram o rapaz, assim como os médicos do Hospital Santa Marcelina, que o socorreram. Isso proque o documento médico diz que o vigilante morreu depois de sofrer uma lesão na cabeça que provocou perda de massa encefálica. Na delegacia, com base nas informações trazidas pelos agentes da Polícia Militar, o caso foi registrado como lesão corporal culposa, ou seja, quando não há intenção de matar, seguida de fuga do local.

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A verdade só foi descoberta depois que o corpo do vigilante foi para o Instituto Médico-Legal para exame necroscópico. Os legistas encontraram uma perfuração na nuca de Morais provocada por um tiro de arma de fogo. A Polícia Civil foi, então, avisada e as investigações sobre o que realmente aconteceu começaram. O 70º DP (Sapopemba) abriu um inquérito de homicídio e a Corregedoria da PM também passou a apurar os motivos que levaram os policiais a mentir.

Testemunhas disseram à polícia que, por volta das 3 horas, ouviram barulho de moto correndo em alta velocidade e depois um tiro, pouco antes da chegada dos policiais militares ao local. A principal hipótese é que os PMs montaram uma farsa para acobertar uma execução. Investigadores e PMs da Corregedoria estão desde segunda-feira ouvindo moradores e procurando imagens de câmeras de segurança que podem ter registrado o que aconteceu.

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A mãe do vigilante, Francelina Veiga de Morais, de 69 anos, disse informalmente aos policiais que o filho trabalhava na Zona Oeste e havia acabado de descer do ônibus quando foi baleado. Morais não tinha passagem na polícia.

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) só relatou a versão dos policiais e a descoberta pelos legistas de que a vítima foi baleada. “O delegado titular do 70º Distrito Policial, Luiz Eduardo de Aguiar Marturano, informa que há inquérito instaurado. Ele aguarda o laudo do exame necroscópico que confirmará a causa da morte. A investigação segue em andamento. A PM também instaurou Inquérito Policial-Militar”, diz o texto.

(Com Estadão Conteúdo)

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