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Guerra entre tráfico e milícia fecha seis escolas no Rio

Tiroteio entre os dois grupos, que travam uma batalha por controle territorial, impediu que 2.238 estudantes fossem às instituições de ensino na Zona Oeste

Por Da Redação
6 nov 2013, 12h11

A guerra por domínio de espaços entre o tráfico e a milícia fez com que seis escolas de Campo Grande, na Zona Oeste do Rio, fechassem as portas nesta quarta-feira. Por causa do medo imposto pelos confrontos, 2.238 alunos estão sem aula. A região tem somente uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) – apesar de essa política ter se mostrado falha em áreas onde foi implantada, como a favela da Rocinha e o Complexo do Alemão. A única favela pacificada na Zona Oeste é o Batan, em Realengo, onde um policial militar morreu em agosto deste ano durante tiroteio.

A troca de tiros é intensa na Favela da Carobinha desde a manhã de terça-feira, quando milicianos que dominavam a área foram desbancados por traficantes. O grupo de criminosos chegou a pé e atirou por pelo menos meia hora. Os milicianos revidaram, mas tiveram de deixar o local. O conflito, no entanto, não cessou porque a disputa territorial permanece. As informações iniciais são de que uma pessoa morreu. A Secretaria Municipal de Educação afirma que os conteúdos de aula perdidos em função da violência na região serão repostos, mas não confirma a data para a retomada normal das atividades nas seis escolas.

Falta de segurança em favela deixa 2.000 sem aulas

No fim de outubro, mais de 2.000 alunos de três escolas no Complexo da Maré, Zona Norte do Rio, ficaram sem aulas também por causa da violência. O 22º Batalhão de Polícia Militar (BPM), responsável pela segurança do local, disse não ter havido operações na favela, que receberá as UPPs em 2014. Na ocasião, a coordenadora da ONG Uerê, que atende alunos com dificuldades de aprendizado, contou que houve tiroteio no horário da entrada dos alunos. “Estamos vivendo nessa situação de violência insuportável desde o início do ano.”

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Os episódios de desmandos do tráfico e da milícia, que têm fugido ao controle do governo do estado e da política de segurança pública, engrossam a piora nas estatísticas sobre a violência no estado. Em 30 de outubro, o Instituto de Segurança Pública (ISP) mostrou que o número de homicídios dolosos (com intenção de matar) cresceram 38% no Rio de Janeiro em agosto – na comparação com o mesmo mês do ano passado. Em números absolutos, o aumento foi de 294 para 406 casos. Os índices de outros crimes também registraram acréscimo, como as tentativas de homicídio (7%).

(Com Estadão Conteúdo)

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