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Gim Argello usou igreja para lavar dinheiro, diz MP

De acordo com as investigações da Lava Jato, ex-senador teria indicado a conta da paróquia São Pedro, em Taguatinga (DF), para receber 350.000 reais da OAS

Por Da Redação 12 abr 2016, 12h00

A conta de uma igreja foi usada pelo ex-senador Gim Argello (PTB-DF), preso nesta terça-feira na 28ª fase da Operação Lava Jato, para lavar dinheiro sujo, segundo investigações do Ministério Público Federal. O ex-senador teria indicado a paróquia de São Pedro, em Taguatinga (DF), da qual é frequentador, para receber 350.000 reais da OAS. Em troca da propina, o ex-senador teria se comprometido a agir para evitar a convocação de Leo Pinheiro e Ricardo Pessoa na CPI Mista da Petrobras – na época dos pagamentos, entre julho e outubro de 2014, Argello era vice-presidente da comissão, e os empreiteiros acabaram não sendo chamados.

O procurador Carlos Fernando Lima ressaltou que ainda não há nenhum indício de que os párocos sabiam da origem ilícita do dinheiro, mas disse que as investigações precisam ser aprofundadas. Segundo ele, igrejas são “muito suscetíveis a serem usadas como fonte de dinheiro em espécie”. Além do suposto crime de lavagem, os investigadores apuram se a igreja usou a sua influência para fazer campanha a Argello. “Não é porque é a Igreja Católica ou qualquer outra denominação que nós não vamos aprofundar as investigações”, disse Lima.

O repasse à instituição religiosa foi identificado em mensagens do ex-presidente da OAS Leo Pinheiro interceptadas pela Lava Jato. Segundo as investigações, Argello usa o termo “projeto alcoólico” para citar o ex-parlamentar numa referência à bebida gim. Outros 5 milhões de reais teriam sido repassados pela UTC, a pedido de Gim Argello, aos partidos DEM, PR, PMN, PRTB para financiar a campanhas eleitorais de 2014, de acordo com as investigações.

Em nota divulgada em redes sociais na tarde desta terça-feira, a paróquia de São Pedro admite ter recebido os valores da OAS e afirma que também recebeu uma doação de 300.000 reais da empreiteira Andrade Gutierrez em junho de 2014. O responsável pelo que a paróquia chama de “intermediação espontânea” do repasse, no entanto, não foi Gim Argello, mas o ex-governador do Distrito Federal Agnelo Queiroz. Segundo a nota assinada pelo padre Moacir Anastácio de Carvalho, a paróquia “jamais celebrou qualquer tipo de contrato de prestação de serviços” com qualquer empresa.

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