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Fiscais interditam dois helipontos do Rio por irregularidades

Vistoria constatou falta de licença para operação. Aumento do tráfego aéreo tem perturbado os moradores da zona sul, área preferencial dos voos turísticos

Por Rafael Lemos, do Rio de Janeiro
28 Maio 2012, 16h12

Após uma enxurrada de reclamações de moradores da zona sul do Rio de Janeiro, fiscais da Secretaria estadual do Ambiente e do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) embargaram e lacraram, na manhã desta segunda-feira, o heliponto do Mirante Dona Marta, no bairro de Botafogo. O mesmo aconteceu com o heliponto do Morro da Urca. O motivo é a falta da Licença de Operação (LO). As interdições acontecem justamente às vésperas da Rio+20, que poderá atrair até 50.000 pessoas à cidade.

O secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, e a presidente do Inea, Marilene Ramos, participaram da operação. Segundo Minc, a medida não tem como objetivo impedir o turismo panorâmico na cidade, mas regularizar a situação dos voos panorâmicos de helicópteros por regiões do Rio, em especial nas regiões do entorno do Corcovado e do Pão de Açúcar.

“Queremos uma cidade aberta para o turismo, mas não a qualquer custo. Queremos uma atividade dentro da lei e que impacte o mínimo possível a saúde auditiva da população. Nos últimos dez anos, o número de helicópteros cresceu de 60 para 380 na Cidade do Rio de Janeiro”, afirmou Minc.

No último dia 15, técnicos vistoriaram os quatro helipontos mais procurados para a realização de voos panorâmicos em pontos turísticos como o Pão de Açúcar e o Corcovado. E dois deles – a metade – estavam irregulares. O crescimento da demanda por esse tipo de serviço tem incomodado moradores de áreas nobres da cidade. Associações de moradores de vários bairros, em especial de bairros da Zona Sul, como Jardim Botânico, Humaitá e Urca, reclamam do incômodo barulho dos sobrevoos. Segundo dados da Anac, nos últimos dez anos o número de helicópteros registrados no Rio aumentou de 178 para 386.

Recentemente, o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), ligado ao Ministério da Defesa, tentou minimizar o problema, subindo de 500 pés (166 metros) para 1.000 pés (333 metros) a altitude padrão para sobrevoos em áreas habitadas. Hoje, nem a Areonáutica sabe quantos voos de helicópteros são realizados por dia no Rio de Janeiro. Os pilotos podem decolar e pousar livremente em helipontos particulares, que facilmente escapam da fiscalização.

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Os dois helipontos interditados hoje só poderão voltar a funcionar após conseguirem as licenças, que poderão ser concedidas ou não. A partir de agora, as autoridades ambientais vão analisar detalhes da operação desses voos, como rotas e alturas por áreas da cidade que possam prejudicar a qualidade de vida de moradores.

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