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Filhas e genros de ex-diretor da Petrobras vão responder na Justiça por ocultação de provas

Familiares de Paulo Roberto Costa retiraram documentos do escritório dele no dia da deflagração da operação Lava-Jato, em 17 de março

Por Daniel Haidar, do Rio de Janeiro
29 abr 2014, 17h31

As duas filhas e os genros de Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, vão responder na Justiça Federal do Paraná por “embaraço à investigação de infração penal que envolva organização criminosa”. Shanni Azevedo Costa Bachmann, Arianna Azevedo Costa Bachmann, Márcio Lewkowicz e Humberto Sampaio de Mesquita foram acusados pelo Ministério Público Federal de atuar em conjunto com Paulo Roberto Costa, para destruir provas que documentariam crimes investigados na operação Lava-Jato, enquanto o patriarca era conduzido para prestar depoimento na sede da Polícia Federal no Rio de Janeiro no dia 17 de março.

Imagens de elevadores do condomínio Península Office, onde Costa e as filhas possuem salas, foram anexadas no processo para comprovar a ocultação de documentos pelas filhas de Costa com os respectivos maridos.

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“Os familiares de Paulo estiveram em seu escritório profissional dali retirando volumes significativos de material, ainda não identificado, logo antes da busca e apreensão e enquanto a Polícia Federal buscava na residência dele a chave do local. O fato foi objeto de registro em câmaras de segurança. Se a visita dos familiares ao local, naquela data e horário, para retirada de material foi, como alega a Defesa, mera coincidência peculiar, é questão de mérito que só pode ser resolvida ao final. Nessa fase, tal argumentação não tem, pelo menos, a plausibilidade necessária para infirmar o recebimento da denúncia”, diz o juiz federal Sérgio Moro no despacho em que abriu o processo.

Costa foi envolvido na operação Lava-Jato, porque policiais descobriram que o doleiro Alberto Youssef comprou, com uma empresa de fachada, um Land Rover Evoque, por 250 mil reais, para uso do ex-diretor da Petrobras. Foi uma tentativa de esconder que Costa era o verdadeiro dono do veículo. Ao longo das investigações, no entanto, foi constatado que Costa, na verdade, comandou uma organização criminosa com o doleiro para desviar recursos da Petrobras. Em outro processo, Costa é acusado de lavagem de dinheiro e participação em organização criminosa com Youssef e outros oito comparsas.

Documentos apreendidos na operação Lava-Jato indicam que Costa foi o destinatário de 7,9 milhões de reais em propinas pagas pelo consórcio CNCC, comandado pela construtora Camargo Corrêa.

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