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‘Essa história foi uma surpresa’, diz secretário de Haddad

Titular da pasta de Governo Municipal de SP, Antonio Donato (PT) é citado em escuta telefônica como destinatário de R$ 200 mil para campanha eleitoral. Dinheiro teria sido doado por servidor preso em esquema de fraude do ISS

Por Da Redação
4 nov 2013, 10h12

Homem forte da gestão do prefeito Fernando Haddad (PT) em São Paulo, o secretário de Governo Municipal, Antonio Donato (PT), negou ter recebido dinheiro dos servidores públicos presos pelo desvio de até 500 milhões de reais do Tesouro Municipal. “Não faz o menor sentido pedir dinheiro para servidor”, afirmou Donato.

Escutas telefônicas feitas pelo Ministério Público Estadual mostram conversas do auditor Luis Alexandre Magalhães, um dos quatro funcionários da prefeitura investigados no esquema de corrupção e lavagem de dinheiro, com uma mulher apontada como sua amante. Na conversa, a mulher cita o nome de Donato como destinatário de 200 000 reais doados por Magalhães para a campanha eleitoral do ano passado.

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Donato nega. Segundo o secretário, o esquema de fraude foi, para ele, “uma grande surpresa”. O ex-presidente do PT paulistano confirmou, no entanto, conhecer pessoalmente os auditores fiscais acusados de participar das fraudes – à exceção de Carlos Augusto di Lallo Leite do Amaral. “Conhecia como conheço vários funcionários. Conheci [o Luis Magalhães] como vereador. Ele me procurou para se colocar à disposição. Foi em 2008, durante a eleição. Mas não é uma relação que se estendeu”, disse Donato. “O [Eduardo Horle] Barcellos eu conheci em 2009. Ele cuidava do IPTU e deve ter ido à Câmara para tratar disso.”

Donato negou, porém, ter sido o responsável pela indicação de Ronilson Bezerra Rodrigues, que mesmo após denúncias contra sua conduta assumiu cargo na diretoria executiva da São Paulo Transporte (SPTrans), ao também petista Jilmar Tatto, secretário municipal de Transportes. “Não o indiquei para o Tatto. Todos os diretores financeiros das empresas passam pelo secretário de Finanças, Marcos Cruz. Sugeri que o Rodrigues fosse aproveitado em alguma das empresas municipais”, disse Donato.

Donato afirmou conhecer Ronilson Rodrigues apenas como um “funcionário capacitado, com bagagem técnica”. “O Marcos Cruz também o conhecia porque, na transição, ele foi indicado pelo Mauro Ricardo. Quem indicou Rodrigues para Tatto foi Marcos Cruz, não sou eu. A nomeação foi em fevereiro, quando não havia acusação contra ele. A única havia sido arquivada“.

Então presidente do PT paulistano e coordenador da campanha de Fernando Haddad, Antonio Donato reelegeu-se em 2012 para a Câmara Municipal. Ele se licenciou, porém, para assumir a pasta de Governo Municipal a convite de Haddad. Ainda em dezembro, Donato comandou as reuniões de transição da gestão Gilberto Kassab (PSD) com a equipe de Haddad. Uma das denúncias sobre o esquema de fraude montado pelos auditores chegou, à época, ao gabinete de transição coordenado por Donato.

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(Com Estadão Conteúdo)

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