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Erro do PT deixa Haddad fora da programação da Globo

PT faz confusão com decisão da Justiça Eleitoral sobre tempo da propaganda de TV e perde oportunidade de exibir ex-ministro na maior emissora do país

Por Thais Arbex
15 Maio 2012, 09h20

Uma confusão da direção nacional do PT deixará o ex-ministro da Educação Fernando Haddad, pré-candidato do partido à prefeitura de São Paulo, fora da programação da Rede Globo a partir desta terça-feira, quando começam as inserções da legenda em cadeia nacional de rádio e televisão. Por um erro de interpretação do partido em relação a uma decisão de março do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Haddad, que poderia contar com a TV para ver sua candidatura sair da estagnação (com 3% das intenções de voto), não terá sua imagem ao lado do ex-presidente Lula veiculada na maior emissora do país.

De acordo com a assessoria de imprensa da Globo, o PT não entregou as fitas e a grade de programação dentro do prazo estabelecido pelo TSE. Por conta disso, a emissora não veiculará as inserções do partido a partir de amanhã. “A TV Globo segue a determinação da Justiça Eleitoral para que os partidos entreguem a documentação dos programas partidários com o prazo de 15 dias de antecedência à sua exibição”, informou a emissora em nota. “O PT entregou a documentação no dia 9 de maio para ser exibida nos dias 15, 17, 19 e 22. A regulamentação oficial é a mesma para todos, tanto que outros partidos que não cumpriram o prazo não tiveram exibição. Caso a Justiça Eleitoral acolha um recurso do PT quanto às suas normas, estamos prontos para exibir”.

Presidente municipal do PT em São Paulo e coordenador da campanha de Haddad à sucessão do prefeito Gilberto Kassab, o vereador Antônio Donato afirmou, no entanto, que “o prazo era impossível de ser cumprido porque a decisão judicial saiu depois”. O PT, de acordo com Donato, não entregou o material à Globo na data estabelecida pela Justiça Eleitoral porque trabalhava com um entendimento de que não teria direito às inserções. “Não foi desleixo do partido”, disse. Segundo ele, a Globo colocou um “obstáculo”.

A direção petista dava como perdido todo o tempo da propaganda partidária a ser exibida no primeiro semestre deste ano – tanto os programas em bloco, com duração de 10 minutos, quanto as inserções diárias, que têm de 30 segundos a 1 minuto. Por isso, nenhum programa havia sido gravado até então e Haddad, Lula e Dilma foram para o estúdio apenas no fim da semana.

A decisão do TSE – A decisão que causou o imbróglio saiu em 1º de março: ao julgar uma ação contra o PT por propaganda eleitoral antecipada da então candidata Dilma Rousseff em 2010, o TSE multou a presidente e o partido e cassou os programas em bloco de 10 minutos a que a legenda teria direito no primeiro semestre deste ano. Embora as inserções de no máximo 1 minuto não tivessem sido suspensas, um mal entendido do partido fez com que elas ficassem fora da programação da pré-campanha. Na semana passada, a direção petista foi informada, incorretamente, que o PT havia retomado o tempo das inserções – na verdade, a decisão da última terça-feira, segundo o TSE, dizia respeito somente à manutenção das multas de 5 000 reais à Dilma e de 20 000 reais ao PT.

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Por meio de sua assessoria, o Tribunal informou que o partido tinha a programação das inserções desde o ano passado e que, desde o início do ano, um documento que está disponível no site do TSE traz o cronograma das inserções de cada partido. De acordo com a publicação, os do PT estão agendados para os dias 15, 17, 19 e 22 de maio. Procurada pelo site de VEJA, a direção nacional do partido informou que não se manifestaria sobre a polêmica até apurar o que de fato ocorreu.

O programa – No programa que irá ao ar a partir de amanhã (com exceção da Rede Globo), Haddad aparecerá ao lado do ex-presidente Lula e da presidente Dilma Rousseff. A direção petista pretende usar as inserções para turbinar a pré-candidatura do ex-ministro em São Paulo.

Coube ao estreante Haddad o papel de mostrar que o PT está em uma “busca incessante pelo novo”. “Falei sobre o Brasil estar se renovando, buscando o novo permanentemente”, contou. Os petistas, por sua vez, pretendem fazer com que os eleitores passem a identificar o ex-ministro com o PT e com Lula.

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