Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Em programa, PT ironiza panelaço e Dilma afirma: ‘Sei suportar pressão’

Peça publicitária do partido vai ao ar na noite desta quinta-feira. Sigla apela à população para evitar 'grave crise política' – e diz que a ditadura começou com uma

Por Gabriel Castro, de Brasília
6 ago 2015, 12h28

O programa do PT que vai ao ar em rede nacional na noite desta quinta-feira tem um tema único: a crise. A palavra se repete 26 vezes ao longo dos dez minutos, e aparece pela primeira vez já na frase inicial do apresentador – o ator José de Abreu. “Toda vez que enfrentamos uma crise, a vida nos oferece dois caminhos: o da esperança e o do pessimismo”, diz ele, ecoando o discurso eleitoral em que a presidente Dilma Rousseff tentava esconder os problemas econômicos com ataques a seus críticos. No dia em que pesquisa Datafolha mostra que a presidente amarga rejeição superior à de Fernando Collor antes do impeachment, o partido apela aos brasileiros que evitem uma “grave crise política” e afirma que o pessimismo leva ao caminho do confronto – o que “pode levar a um final trágico para todos”.

O ator também é porta-voz de um mea culpa precário, em que o partido admite que não soube gerir a economia como deveria. “Não é melhor a gente não acertar em cheio tentando fazer o bem do que errar feio tentando fazer o mal?”.

A presidente Dilma Rousseff aparece por um minuto e treze segundos na peça publicitária e, sem medidas concretas para anunciar, se limita a fazer um discurso motivacional. “Sei suportar pressões até injustiças. Eu tenho o ouvido e o coração nesse novo Brasil, que não se acomoda”, afirma.

Antes dela, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fala por aproximadamente um minuto e afirma que, em seu governo, também precisou fazer um ajuste fiscal. Ao usar a velha tática de criticar governos anteriores, o petista acaba por admitir que o partido do governo vive seu “pior momento”: “Nosso pior momento ainda é melhor para o trabalhador do que o melhor momento dos governos passados”.

Continua após a publicidade

O programa também exibe a preocupação do partido com a possibilidade de queda da presidente Dilma Rousseff. Em um dos trechos, um jovem ator afirma: “Em uma crise econômica a maioria sai perdendo. Em uma grave crise política todos perdem, sem exceção”. E segue: “A ditadura militar foi resultado de uma crise política”. Na sequência, a peça de propaganda exibe imagens de figuras da oposição, como os senadores Aécio Neves (PSDB-MG) e Ronaldo Caiado (DEM-GO), enquanto o locutor afirma: “Não se deixe enganar pelos que só pensam em si mesmos”.

No final, ciente de que a propaganda vai causar protestos em todo o Brasil, o PT reservou um espaço para provocar os adeptos do panelaço: “Com as panelas, vamos continuar fazendo o que a gente mais sabe: enchê-las de comida e de esperança. Esse é o panelaço que gostamos de fazer”.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.