Em Natal, Campos diz que Dilma ‘esqueceu o Nordeste’
Candidato do PSB à Presidência abre campanha investindo no eleitorado do Nordeste, que votou em peso – 55% – em Dilma nas últimas eleições
Por Talita Fernandes
11 jul 2014, 17h30
O candidato à Presidência da República pelo PSB, Eduardo Campos, decidiu fechar a primeira semana de campanha no Nordeste, reduto eleitoral do PT na última década. Ex-governador de Pernambuco, Campos tem reforçado em discursos o fato de ser nordestino e acusou a presidente e adversária Dilma Rousseff (PT) de ter “esquecido” a região depois de ter conquistado milhares de votos – 55% do eleitorado local nas últimas eleições. “A região apostou na presidente, mas ela não apostou na gente. No final, o governo Dilma legou ao Nordeste uma campanha feita com dois pilares: marketing e terrorismo”, disse durante visita a Natal. Ao citar o terrorismo, Campos se referiu aos boatos sobre o fim do Bolsa Família caso o PT deixe o poder.
Além de Natal, o pessebista já visitou Recife e a capital maranhense, São Luís, onde elevou o tom das críticas ao PT ao dizer que “votar em Dilma é homenagear Sarney“.
O presidenciável usou números para tentar mostrar que existe um descaso com o Nordeste. “Somos 28% da população brasileira, 13,5% do PIB, mas somos 50% dos pobres. Com esses três números se consegue entender porque somos tão desequilibrados”, disse. “Eu sou o único candidato à Presidência da República nordestino, Marina é a única vice do Norte. Viemos do Brasil mais desequilibrado, mais sofrido e queremos mostrar para o Brasil que não somos parte do problema, mas somos parte da solução.”
Tempo de TV – Um dia depois de o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgar o tempo de televisão de cada candidato, proporcional ao tamanho das coligações, Campos aproveitou para criticar as alianças feitas a todo custo, sobretudo por Dilma, para garantir maior tempo de exposição na propaganda eleitoral.
No fim de junho, Dilma cedeu à pressão do PR e substituiu o ministro dos Transportes a apenas uma semana da convenção que a oficializou como candidata. A mudança garantiu um minuto a mais ao PT. De acordo com o TSE, Dilma terá 11 minutos e 48 segundos, tempo superior à soma dos candidatos de oposição Aécio Neves (com 4 minutos e 31 segundos) e de Campos (com apenas 1 minuto e 49 segundos).
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O presidenciável aproveitou sua fala para alfinetar também Aécio Neves. “O Brasil não precisa mais de suga-suga e nem dessa troca de um pedaço de Estado por tempo de televisão”, criticou. A fala de Campos traz uma clara menção ao comentário feito pelo tucano logo após o anúncio do PR de apoiar Dilma. Na ocasião, o mineiro disse aos membros do partido: “Suguem mais e depois venham para o nosso lado”.
Futebol – Campos também criticou o debate feito hoje pelos presidenciáveis sobre uma reformulação do futebol brasileiro, surgida após o ministro dos Esportes, Aldo Rebelo, dizer que o Estado precisava intervir no futebol. “O debate de conteúdo é que precisa ser feito, um debate do bom senso. Pelo visto estão querendo se candidatar a presidente da CBF a Dilma ou o Aécio”, disse o pessebista.
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