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Dono da UTC vai devolver R$ 55 mi desviados no petrolão

Empresário Ricardo Pessoa, o chefe do 'clube do bilhão', assinou acordo de delação premiada com a Justiça nesta quarta-feira

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 13 Maio 2015, 20h25

O empresário Ricardo Pessoa, dono da UTC Engenharia, assinou nesta quarta-feira, em Brasília, acordo de delação premiada no qual se comprometeu a ajudar os investigadores e detalhar o envolvimento de políticos no propinoduto montado na Petrobras. No acordo, que ainda precisa ser homologado pelo ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), o empreiteiro prometeu devolver até 55 milhões de reais aos cofres públicos, além de revelar detalhes sobre o esquema de corrupção em outras estatais e obras públicas. Ele pode explicar o envolvimento de construtoras cujas cúpulas ainda não são investigadas na Lava Jato.

Apontado como chefe do ‘clube do bilhão’ e amigo do ex-presidente Lula, o empresário Ricardo Pessoa passou quatro horas reunido com o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e com representantes do Ministério Público para discutir os detalhes finais de sua delação. De acordo com seus advogados, a colaboração com a Justiça tem o objetivo de tentar diminuir a pena contra o empreiteiro.

A decisão de Pessoa em colaborar com os investigadores aproxima ainda mais o escândalo do petrolão do Palácio do Planalto. Conforme VEJA revelou, Pessoa disse a interlocutores que pagou despesas pessoais do ex-ministro José Dirceu e deu 30 milhões de reais, em 2014, a candidaturas do PT, incluindo a presidencial de Dilma Rousseff – dinheiro desviado da Petrobras.

Pessoa também disse ter na memória detalhes da participação dos ministros Jaques Wagner (Defesa) e Edinho Silva (Secretaria de Comunicação Social), tesoureiro da campanha de Dilma em 2014, na coleta de dinheiro para candidatos petistas. “O Edinho está preocupadíssimo”, escreveu num bilhete, em tom de ameaça, ainda no início de sua temporada na cadeia, em Curitiba. Atualmente Ricardo Pessoa cumpre prisão domiciliar em São Paulo.

Segundo o jornal Folha de S. Paulo, o empreiteiro admitiu ter destinado recursos de propina para as três últimas campanhas eleitorais do PT à Presidência. Em 2006, por meio de caixa dois. Em 2010 e 2014, em doações registradas na Justiça Eleitoral. Ele também pagou 3,1 milhões de reais a José Dirceu para obter favores do PT, além de ter financiado com caixa dois a campanha de Fernando Haddad à prefeitura de São Paulo em 2012.

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