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Youssef deu helicóptero ao deputado Argôlo, diz advogado

Carlos Alberto Pereira da Costa confirmou à Polícia Federal também a ligação do doleiro, pivô da Lava-Jato, com empreiteiras

Por Da Redação
12 set 2014, 07h52

Em depoimento à Justiça, o advogado Carlos Alberto Pereira da Costa confirmou suspeita da Polícia Federal de que grandes empreiteiras firmaram contratos fictícios com a GFD Investimentos, empresa do doleiro Alberto Youssef, pivô do bilionário esquema de desvios investigado pela Operação Lava-Jato. Pereira da Costa era um dos integrantes do esquema, considerado ex-braço-direito de Youssef. Em acordo de delação premiada, contou às autoridades também que o doleiro deu ao deputado federal Luiz Argôlo (SD-BA), de presente, um helicóptero, segundo informações do jornal Folha de S. Paulo.

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Pereira da Costa é apontado como laranja de Youssef e do ex-deputado federal José Janene (morto em 2010). Preso desde março pela Lava Jato, ex-sócio da CSA Project, situada em São Paulo, decidiu colaborar espontaneamente com as investigações em troca de eventual benefício judicial. O advogado é réu em duas ações penais, uma sobre remessas fraudulentas do laboratório Labogen para o exterior, outra de lavagem de dinheiro de Janene por investimentos em uma empresa paranaense.

Sobre os contratos fictícios entre as empreiteiras e Youssef, afirmou: “Era uma forma de trazer licitude para justificar o ingresso do serviço na empresa. A GFD não prestava serviço de assessoria financeira”, afirmou o advogado, segundo o jornal O Estado de S. Paulo. Seu relato foi gravado em vídeo.

O advogado relacionou a Mendes Jr. e a Sanko Sider que teriam contratado serviço fictício de Youssef. Costa afirmou que assinava como procurador do doleiro e “não teria corpo físico para prestar esse tipo de serviço de assessoria financeira”. Um contrato entre a GFD e a Sanko teve como objeto consultoria e assessoria em administração. “O contrato foi assinado a pedido do Youssef. O serviço nesses termos não foi prestado. Contrato para justificar ingresso de recursos na GFD.”

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O advogado afirmou que as empreiteiras pagavam a Youssef por intermediações. Ele disse não saber se os pagamentos tinham relação com negócios na Petrobrás na área de Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da estatal acusado de se associar a Youssef em esquema de corrupção. O Grupo Sanko informou que “estranha” a insistência em tentarem associá-lo a atividades com as quais não tem relação. A Mendes Jr. disse “seus contratos são legais.”

Sobre Argôlo, Pereira da Costa afirma que a GFD pagou 796.000 pela aeronave em janeiro de 2013. Até agora, a Polícia Federal suspeitava que o doleiro emprestasse o helicóptero ao deputado. De acordo com a PF, eles trocaram 1.411 mensagens em seis meses. O deputado usava o telefone funcional da Câmara para falar com o doleiro, mas também um telefone exclusivo para comunicação entre eles, cujos créditos eram pagos por Youssef – que em certas mensagens chamava o deputado de “bebê Johnson”. Em diversos momentos, Argôlo cobra entregas de dinheiro para si próprio e para outros. Um dos endereços de entrega foi a residência do parlamentar em Brasília, indicam os policiais.

(Com Estadão Conteúdo)

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