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Dilma, sobre delações que citam o governo: ‘Repetições’

Presidente reforçou discurso petista que compara impeachment a golpe, afirmou que recentes desdobramentos da Lava Jato não trazem novidades e defendeu aumento de impostos

Por Da Redação
15 jan 2016, 12h34

Sem se aprofundar sobre as mensagens que apontam a atuação de seu ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, por empreiteiros investigados na Operação Lava Jato ou do fato do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró ter citado em depoimento que ela loteou a BR Distribuidora ao senador Fernando Collor (PTB-AL), a presidente Dilma Rousseff aproveitou café da manhã com jornalistas nesta sexta-feira para reforçar o discurso petista que compara, de maneira indevida, o processo de impeachment ao golpe militar de 1964. “Não se tira um presidente porque não se está simpatizando com ele”, afirmou. “Não se tira um presidente por razões políticas”.

Questionada sobre o assunto mais urgente de sua gestão, Dilma saiu-se com a seguinte frase: “Acho que a questão mais importante para o país é a Previdência. Isso não quer dizer que tentativas golpistas não sejam importantes”. E prosseguiu: “A questão do impeachment tem uma repercussão política no médio, longo prazo, que é a estabilidade democrática do país”.

Sobre a Lava Jato, Dilma classificou as recentes mensagens que complicam a vida do ministro Jaques Wagner e ligam ela mesma ao esquema operado na Petrobras como “repetições” e não trazem novidades. “Nos últimos dias têm havido denúncias. São vazamentos. Eu nem sei se as delações tão feitas ou não. Se é mesmo delação, de quem é o vazamento. Essas últimas que saíram são repetições. Mas nós responderemos qualquer coisa em quaisquer circunstâncias. Enviamos a todos os jornalistas que nos pedem as respostas. Nos falta clareza: quem falou o quê? Falou mesmo? Então, por favor, aquilo que está ali é repetição. Parte já é pública e notória”.

Na manhã em que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que a taxa de desemprego no Brasil subiu a 9% no trimestre encerrado em outubro, Dilma afirmou que “a grande preocupação do governo é o desemprego”. A petista rapidamente jogou a solução do problema para o Congresso. Segundo Dilma, para a retomada do emprego, algumas medidas são urgentes, como o reequilíbrio fiscal. Ela defendeu que o Congresso aprove a recriação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), a prorrogação da Desvinculação de Receitas da União (DRU) e os juros sobre capital próprio e ganhos de capital. “Precisamos reverter a situação que leva à queda da atividade econômica, garantindo equilíbrio fiscal e volta do crescimento”, disse.

A população desocupada alcançou 9,1 milhões de pessoas, um aumento de 5,3% em relação ao trimestre de maio a julho e de 38,3% em comparação com o mesmo período de 2014. Já a população ocupada atingiu 92,3 milhões de pessoas, mostrando estabilidade nas comparações mensal e anual. Entre os setores, a indústria foi o que mais dispensou trabalhadores em um ano, com queda de 5,6% no total de pessoal ocupado no período, o equivalente a 751.000 postos de trabalho.

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“Reequilibrar o Brasil em um quadro em que há queda da produtividade implica necessariamente, a não ser que nós façamos uma fala demagógica, ampliar impostos. Estou me referindo à CPMF”, afirmou, ao ser perguntada sobre as dificuldades que o governo terá este ano na relação com o Congresso Nacional. Dilma argumentou que a CPMF é a solução mais viável do ponto de vista da arrecadação do governo, pois é de “baixa intensidade” e ao mesmo tempo “permite controle de evasão fiscal”. Ainda segundo a presidente, o imposto também é o que menos impacta na inflação.

Dilma reiterou a necessidade de uma reforma da Previdência. Segundo ela, há duas alternativas para lidar com o déficit: o aumento a idade mínima para aposentadoria e a continuidade da fórmula 85/95 – soma do tempo de contribuição e idade até atingir 85, para as mulheres, e 95 para os homens.

(Da redação)

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