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Dilma Rousseff emocionada ao visitar a Bulgária, terra natal de seu pai

Por Nikolay Doychinov
5 out 2011, 14h36

A presidente do Brasil, Dilma Rousseff, iniciou nesta quarta-feira uma visita de Estado de dois dias à Bulgária, país de nascimento de seu pai, que emigrou em 1929, e que terminará na quinta-feira com uma viagem as suas raízes familiares em Gabrovo, cidade búlgara ao pé dos Bálcãs.

“Estou feliz e emocionada em visitar a terra natal de meu pai”, afirmou durante uma cerimônia na sede da Presidência búlgara, ao lado do chefe de Estado deste país, Georgui Parvanov.

Dilma ressaltou seu vínculo com a Bulgária “por laços de sangue, e pela memória de meu pai”, Petar – Pedro no Brasil-, que emigrou do país em 1929 e faleceu no Brasil em 1962.

A presidente brasileira, que foi condecorada por Parvanov com a ordem Stara Planina, a maior distinção da República da Bulgária, defendeu mais relações econômicas e políticas com o país europeu.

“Meu país vê na Bulgária um sócio nesta região, onde queremos estreitar e expandir nossa presença” disse a presidente.

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Brasil e Bulgária assinaram nesta quarta-feira um acordo de cooperação econômica e outro na área de informática.

Dilma participou durante a tarde em um fórum econômico Bulgária-Brasil, que teve as presenças de representantes de grandes empresas brasileiras como Petrobras, Vale, Eletrobras, Marcopolo e Embraer.

No encerramento do encontro, Dilma elogiou o desempenho do Brasil ante a crise internacional e reiterou sua oferta de apoio à União Europeia (UE) para que a saída da tempestade financeira seja “menos dolorosa e mais rápida”.

“O Brasil não está imune à crise, mas temos trabalhado com empenho e discernimento para manter os fundamentos macroeconômicos e, ao mesmo tempo, não comprometer as políticas de crescimento e inclusão social”, declarou a presidente brasileira.

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Dilma reiterou que o “Brasil sempre será um sócio da UE para que esta crise tenha uma solução menos dolorosa e mais rápida”, uma mensagem que já havia transmitido em sua escala prévia em Bruxelas.

No âmbito bilateral, Dilma mencionou a possibilidade de cooperação com as autoridades búlgaras.

“Quero aproveitar o caráter emotivo (desta visita) para convertê-la também em possibilidades concretas de cooperação econômica”, afirmou, referindo-se à Bulgária, membro da UE desde 2007.

“O Brasil pode ser uma porta de entrada da Bulgária no Mercosul, e a Bulgária pode ser uma das portas de entrada do Brasil na UE”, acrescentou.

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As relações comerciais entre os dois países chegaram a somar quase 400 milhões de dólares em 2007, mas caíram para “pouco mais de 100 milhões” devido à crise, lamentou o presidente Parvanov.

Parvanov expressou o desejo de que em dois ou três anos o comércio bilateral supere um bilhão de dólares, algo possível, segundo ele, a partir da visita histórica de Dilma Rousseff à Bulgária.

Na quinta-feira, a presidente terá a parte mais emotiva da visita à Bulgária, com uma viagem a Gabrovo – cidade localizada a 230 km de Sofia, aos pés da cadeia de montanhas dos Bálcãs -, onde seu pai, Petar Roussev, nasceu em 1900.

Petar deixou a Bulgária em 1929, emigrou para a França e depois para a Argentina, antes de seguir para o Brasil com o nome de Pedro Rousseff.

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No país se casou com a brasileira Dilma Jane Coimbra Silva e formou uma nova família, enquanto seus parentes búlgaros acreditavam que estava morto.

Em 1948, Pedro Rousseff escreveu uma carta para sua mãe, Tsana, na qual anunciava o sucesso como empresário da construção no Brasil, e que era pai de três filhos, incluindo Dilma Vana Rousseff.

Segundo a imprensa búlgara, a presidente Dilma poderá ver a certidão de nascimento do pai e ler duas das cartas enviadas por Petar à mãe. Uma delas incluía uma foto da pequena Dilma quando tinha apenas um ano.

Os familiares com os quais Dilma se encontrará em Gabrovo, pequena cidade de 60.000 habitantes, são muito afastados. Um irmão da presidente, Luben, nascido de um primeiro casamento de seu pai, faleceu em 2007.

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A casa da família não foi preservada. Dilma discursará para os habitantes de Gabrovo no colégio em que estudou seu pai.

A imprensa da Bulgária, antigo país comunista do sudeste da Europa com pouco mais de sete milhões de habitantes, chama “Dilma” de “dama de ferro global e social”.

Dilma Rousseff desembarcou na Bulgária na terça-feira à noite procedente de Bruxelas. A viagem pela Europa terminará na Turquia.

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