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Dilma muda o alvo e parte para o ataque contra Marina

Um dia depois dos novos números do Datafolha, presidente-candidata sugere que a adversária é autoritária e suas propostas são 'fundamentalistas obscurantistas e retrógradas'

Por Felipe Frazão, de Jales, com imagens de Ivan Pacheco
30 ago 2014, 13h57

A resposta veio rápido. Em um comício na cidade de Jales, no interior de São Paulo, a presidente-candidata Dilma Rousseff deixou de lado a artilharia contra o PSDB e dirigiu suas críticas a Marina Silva (PSB), seguindo à risca a orientação do PT para centrar fogo na nova rival direta pela disputa ao Palácio do Planalto.

“Numa democracia, quem não governa com partidos está flertando com o autoritarismo. No mundo, não há um único lugar em que se governa sem partidos”, disse a petista. Filiada ao PSB somente para disputar as eleições, Marina é idealizadora da Rede Sustentabilidade, partido que foi barrado pela Justiça Eleitoral, e crítica das agremiações regidas pelo que chama de “velha política”. Uma das linhas de ação traçadas pelo PT é martelar que, se eleita, Marina não terá respaldo dos partidos no Congresso Nacional que hoje apoiam Dilma.

Pesquisa Datafolha divulgada na noite de sexta pela TV Globo apontou crescimento meteórico de Marina, que agora aparece empatada com Dilma na liderança da corrida, ambas com 34% das intenções de votos. O tucano Aécio Neves, que ocupava a segunda posição, agora está em terceiro, com 15%. Na simulação de segundo turno, Marina venceria Dilma com vantagem de dez pontos porcentuais.

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Sem citar nominalmente Marina, que ontem lançou seu plano de governo, a petista disse que as propostas da adversária são “fundamentalistas, obscurantistas e retrógradas”. “Sabe o que acontece com propostas aventureiras, obscurantistas e atrasadas? Elas fazem parte de uma proposta aparentemente avançada, mas que é demagógica e que, sobretudo, não sei a que interesse serve. Por isso fiquem atentos, olho aberto. Vai afetar a vida de todos nós.”

Ao lado do vice, Michel Temer, anfitrião do ato, a petista também fez um aceno direto ao PMDB, que chamou de “partido da democracia”. O comício no Oeste paulista é uma tentativa de atrair prefeitos e lideranças regionais do PMDB para minimizar a rejeição à presidente no Estado de São Paulo. “O Brasil precisa, nesta eleição, conhecer a verdade que existe aqui em São Paulo e que é oculta”, afirmou Dilma, sugerindo que o governo estadual, administrado pelo PSDB, esconde parcerias com a administração federal. “O Estado tem de fazer parceira com o município. O que não é certo é esconder a parceria.” “Colocamos aqui em São Paulo, recursos no Minha Casa, Minha Vida e teve casas entregues e casas que estão por entregar. Foram beneficiadas 2,4 milhões de pessoas e tem gente que diz que foram eles que fizeram o Minha Casa, Minha Vida”, afirmou.

Em mais uma referência a Marina, Dilma defendeu a exploração do pré-sal e afirmou que o país poderia perder 1,3 trilhão de reais em investimentos. “Isso é tirar dinheiro para ampliar creche, porque está na criança a raiz da desigualdade. A gente tem de dar a mesma oportunidade para os brasileirinhos e brasileirinhas”, discursou. “Aqui estão aqueles que acham que a Petrobras e o pré-sal não só têm de ser preservados como têm de ser estimulados, que acreditam que a Petrobras é uma grande empresa, que não querem reduzir seu papel e sabem que o Brasil precisa não só do petróleo, mas de transformar essa riqueza finita em perene, num passaporte para o futuro, para a educação.”

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