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Dilma lança programa de educação no meio rural

Objetivo do Pronacampo é reduzir o analfabetismo e melhorar a infraestrutura das escolas no campo. Projeto também prevê a construção de 3.000 escolas

Por Luciana Marques
20 mar 2012, 13h07

A presidente Dilma Rousseff lançou, nesta terça-feira, o Programa Nacional de Educação no Campo (Pronacampo), que visa melhorar a infraestrutura das escolas e reduzir o número de analfabetos no meio rural. De acordo com o Ministério da Educação, 23% da população no campo com mais de 15 anos é analfabeta e 51% não concluiu o ensino fundamental. O orçamento para o programa é de 5,4 bilhões de reais até 2014.

Dilma afirmou, em discurso, que ser agricultor não é uma “penalidade”, mas uma “oportunidade”. Segundo a presidente, o setor é responsável pelo superávit do país. “É preciso desenvolver a agricultura de forma a garantir que tenhamos cada vez mais mercado interno que seja abastecido por pequenos agricultores, agricultores familiares, por grandes agricultores”, disse. A presidente afirmou ainda que é preciso democratizar o acesso a terra e oferecer educação de qualidade.

O ministro da Educação, Aloízio Mercadante, afirmou que o programa também pretende formar professores no campo, já que mais da metade deles não possui ensino superior. O governo também produzirá material didático específico para mais de três milhões de alunos do meio rural. “Temos que valorizar cultura, raízes e tradições do campo”, disse o ministro. O programa também prevê a construção de 3.000 escolas e atendimento de outras 10.000 com educação integral até 2014. As instituições também deverão ser equipadas com computadores – 90% das escolas no campo não têm acesso à internet.

Mercadante afirmou também que houve um “equívoco histórico” na educação do campo. Um dos grandes problemas é o fechamento de escolas pelas prefeituras. “Não temos nenhum mecanismo para impedir fechamento de escola, o que vem ocorrendo aceleradamente”, disse o ministro. O governo encaminhará um projeto de lei ao Congresso Nacional que prevê a necessidade de uma audiência com a população antes que a prefeitura feche as portas da escola. “O fechamento deverá ser debatido no Conselho Municipal de Educação com participação da sociedade civil”, afirmou Mercadante.

Participaram da cerimônia em Brasília integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag). A presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu (PSD-TO), foi vaiada pelos movimentos ao falar sobre o agronegócio. A senadora tentou, em vão, argumentar: “Não queremos um país de pobres e miseráveis, queremos que todos aqueles, que podem ter terra pequena, tenham produtividade”.

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