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Dilma entrega Comunicação da Presidência ao PT

Após a saída de Thomas Traumann, presidente indicou nesta sexta o tesoureiro de sua campanha, Edinho Silva, para o ministério. Escolha atende demanda do PT, que vai controlar verba de publicidade do governo

Por Marcela Mattos e Gabriel Castro, de Brasília
27 mar 2015, 13h17

A presidente Dilma Rousseff indicou nesta sexta-feira o tesoureiro de sua campanha à reeleição, Edinho Silva, para o comando da Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República. Edinho assume a vaga de Thomas Traumann, que pediu demissão na última quarta-feira em meio a crise após vazar um documento interno que admitia que o país passa por um “caos político”.

A escolha de Edinho Silva confirma que Dilma usou a questão partidária como critério de seleção do novo ministro. Diferentemente dos antecessores Thomas Traumann, Helena Chagas e Franklin Martins, Edinho não tem nem mesmo experiência na área: ele é formado em sociologia e fez carreira como professor. Edinho Silva foi prefeito de Araraquara (SP), deputado estadual e também presidente do PT paulista entre 2007 e 2013.

Após a saída de Traumann, o PT pressionou para que um representante do partido passasse a controlar a distribuição das verbas de publicidade, que é atribuição da Secom. Uma das hipóteses defendidas era a transferência dessa atribuição para o Ministério das Comunicações, que já está sob controle do petista Ricardo Berzoini.

Com a nomeação de Edinho Silva, a presidente deixará a verba nas mãos de um partido cujo presidente, Rui Falcão, afirmou na semana passada em reunião fechada com a bancada que o governo deve restringir a veiculação de publicidade nos veículos de comunicação que “apoiaram” e “convocaram” as manifestações de 15 de março. “Não se enganem. O monopólio da mídia não será quebrado apenas nas redes sociais. Isso é uma ilusão”. Falcão disse, em seguida, que a “quebra” do monopólio deve ser feita por meio de “uma nova política de anúncios para os veículos da grande mídia”.

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Em 10 de março, Edinho publicou um artigo no qual pedia que o PT respondesse ao que chamava de “ofensiva conservadora”. “Há, sim, erros no nosso campo político. Nunca na nossa história assimilamos com tanta facilidade o discurso oportunista de uma direita golpista e nunca estivemos tão paralisados”, afirmou ele no texto.

O novo ministro da Secretaria de Comunicação Social era cotado para assumir o comando da Autoridade Política Olímpica (APO), mas o governo temia que, em meio a uma rebelião no PMDB, o nome dele não fosse aprovado durante sabatina no Senado. Em nota, a Secretaria de Imprensa da Presidência da República informou que a posse de Edinho Silva está marcada para a próxima terça-feira.

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